Mercado de TI - Divulgação
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Por Marina Cardoso

Há algum tempo especialistas apontaram que o setor tecnológico havia se tornado uma área atraente e com grandes possibilidades para o mercado de trabalho. Porém, o crescimento desse segmento deu uma freada nos últimos anos. Entretanto, os ventos parecem soprar para um novo caminho. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), o mercado de TI teve crescimento de 9,8% em 2018 relação a 2017, bem maior que o registrado mundialmente com 6,7%. Com isso, surgem possibilidades de mercado e de investir em carreira promissora. 

O avanço representa mais que o dobro da previsão para este ano (4,1%) e do que o crescimento de 2017 para 2018 (4,5%). No ano passado, o uso de programas de computadores desenvolvidos no país representou 30% do investimento total. O estudo apontou que existem cerca de 19.372 mil empresas atuando no setor de Software e Serviços no Brasil, sendo que 5.294 (27,3%) voltadas ao desenvolvimento e produção de software. Destas, 95,5% podem ser classificadas como micro ou pequenas empresas.

De acordo com Rodolfo Fücher, presidente da Abes, o crescimento do setor em 2018 sinaliza retomada efetiva no segmento da tecnologia.

"Esse cenário mostra que a área de TI passou a ser componente importante dentro das empresas. Dois fatores explicam o aumento: a falta de investimento nos anos anteriores e o avanço da tecnologia, com o crescimento da tecnologia entre o empreendedorismo, computação em nuvem e inteligência artificial", afirma. 

O crescimento da tecnologia se reflete em empresas cada vez mais voltadas para investir no setor. Segundo especialistas, há uma demanda nas empresas para soluções de TI. Um dos exemplos é a possibilidade de ver em bancos e em redes de restaurante inteligência artificial, em que máquinas simulam ações humanas por meio de softwares e programas.

Embora o cenário seja positivo no mercado de TI, há um número que não acompanha o crescimento do setor - o de funcionários para ocupar esses cargos. Segundo Jorge Sukarie, sócio fundador e presidente da Brasoftware, revendedora de software brasileira, há uma carência de profissionais qualificados no mercado. 

"A mão de obra sempre foi um problema para o setor. Se por um lado há taxa de desemprego, no nosso segmento faltam funcionários e, ainda mais, especialistas capacitados para as funções", afirma Sukarie.

Ainda segundo o presidente da Brasoftware, o que acontece é que a tecnologia evolui muito rápido e os cursos não acompanham. "A área é muito dinâmica e os estudantes concluem o curso técnico ou faculdade sem certificações específicas que são exigidas para atuar. Deveriam existir demandas para lapidar os alunos para atender essa necessidade do mercado", explica. 

O presidente da Abes concorda que são funções novas no mercado que as escolas não estão preparadas para capacitar essas pessoas. "Como a tecnologia muda muito rapidamente e as previsões de crescimento são bem otimistas, os cursos não conseguem suprir a demanda de ensino e o mercado carece de profissionais", finaliza.

 

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