Rio - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incluiu o julgamento da candidatura do ex-presidente Lula na pauta de sessão extraordinária convocada para esta sexta-feira.
O ex-presidente não tinha sido incluído na pauta, divulgada na quinta-feira. No entanto, a presidente da Corte, Rosa Weber, lembrou que discussões sobre registro de candidaturas presidenciais não precisam necessariamente estar na pauta prévia.
O TSE pode ter esperado a entrega da defesa de Lula aos 16 pedidos de impugnação contra a candidatura para confirmar a discussão do caso. O prazo para os advogados do petista se pronunciarem venceu às 23h59 de quinta-feira. A decisão de levar o caso ao plenário foi do relator Luís Roberto Barroso.
A partir das 14h30, o TSE julgará os registros das candidaturas Lula (PT), Alckmin (PSDB) e Eymael (PDC), não há ordem pré-estabelecida para o julgamento.
Também poderá ser analisado pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do partido Novo para barrar a participação de Lula no horário eleitoral de rádio e TV, que começa nesta sexta-feira, com blocos destinados aos candidatos ao Senado, aos governos estaduais e aos deputados estaduais, o que se repetirá em todas as segundas, quartas e sextas. No sábado, é a vez dos candidatos a presidente e a deputado federal, que se apresentarão ao eleitor às terças, quintas e sábados, até 5 de julho, dois dias antes da eleição.
Nesta sexta, Lula e Haddad já aparecem nas inserções de 30 segundos da coligação do partido.
Caso a candidatura de Lula seja impugnada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa, a defesa ainda poderá recorrer ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal. No entanto, o PT terá que definir até que ponto vale a pena insistir com o ex-presidente e muitas correntes do partido defendem que a troca seja feita assim que o TSE se pronunciar. O prazo para substituição de candidatos é 17 de setembro.
Se o plenário do TSE negar a candidatura, e Lula recorrer neste tribunal, à princípio, ele fica 'candidato com registro indeferido (negado), mas com recurso pendente de julgamento'. Neste caso, Lula segue candidato, e portanto, pode fazer campanha. As informações são do TSE.
Pressionado a dizer quando o PT substituirá Lula, Haddad, em Curitiba, desconversou, dizendo que "o partido discute quatro alternativas a Lula". Em entrevista ao DIA, ele havia dito que a expectativa é de que o caso de Lula seja analisado pelo Supremo em duas semanas.