Rio - A radicalização política, que se intensifica desde as eleições de 2014, atingiu picos de violência em 2018. O atentado contra Jair Bolsonaro, candidato do PSL, não foi o primeiro contra a vida de um presidenciável este ano. Em abril, a caravana de Luiz Inácio Lula da Silva, então pré-candidato do PT à eleição, foi atacada no Paraná. Na ocasião, um ônibus de apoiadores do ex-presidente foi alvejado por tiros. Nesta quinta-feira, foi a vez do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro. O parlamentar levou uma facada no abdômen durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.
A assessora de Dilma Rousseff, Paula Zagotti, comentou no Twitter o ataque a Bolsonaro: "O feitiço virou contra o feiticeiro. Quem planta ódio colhe ódio. Metralhar petralhas? Parabéns por estimular a violência @jairbolsonaro!".
Paula se refere aos comentários de Bolsonaro sobre o episódio. Na época, Bolsonaro foi acusado de incentivar os ataques, fato que o deputado negou. Entretanto, o parlamentar chegou a comentar o ocorrido dizendo que foram os próprios petistas que atiraram no veículo. "É tudo mentira. Está na cara que alguém deles deu os tiros. A perícia vai apontar a verdade", declarou. Menos de 24 horas depois do ataque, o parlamentar brincou com um boneco de Lula, simulando agressão.
Pouco tempo depois de comentar o caso, Paula apagou a postagem e compartilhou outro comentário. "Fui mal interpretada, por isso deletei o meu último tuíte. Lamento o comentário infeliz. Repudio qualquer tipo de violência contra quem quer que seja", finalizou.