São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, se ateve à experiência de sua primeira disputa ao Palácio do Planalto, em 2006, para demonstrar confiança de que é possível reverter a estagnação nas pesquisas de intenção de voto e chegar ao segundo turno. Em entrevista ao "Jornal da Globo", nesta terça-feira, o tucano fez novo apelo ao voto útil contra o PT, argumentando que Jair Bolsonaro (PSL) perderia para o candidato do partido, Fernando Haddad.
"Se pegar a eleição que fui candidato, a 12 dias (da eleição) a diferença minha para Lula (ex-presidente, que tentava a reeleição) era de 24 pontos na pesquisa. Na hora que abriu a urna, eram 7. (Tiramos) uma diferença de 17 pontos em 12 dias. Nós não estamos a 12 dias, mas quase 20 dias", disse o tucano na entrevista, que não mencionou os resultados do último levantamento Ibope/Estadão/TV Globo.
Alckmin disse ainda que parte do eleitorado que hoje sinaliza voto em Bolsonaro está, na verdade, com receio da volta do PT, mas que o capitão reformado do Exército é, na verdade, o "passaporte" para a volta do partido do ex-presidente Lula por causa de sua alta rejeição.
"O Bolsonaro tem a maior rejeição. Eu tenho uma das menores. Então, acredito que na última onda, que é a que vale, nós vamos chegar lá", disse.
Segundo a pesquisa Ibope, Alckmin oscilou para baixo, de 9% para 7%, enquanto Bolsonaro passou de 26% para 28% e Haddad saltou de 8% para 19%. Nas simulações de segundo turno, o presidenciável do PSL empata com os principais adversários e vence Marina Silva (Rede).