Caminhonete circulou com cabos eleitorais em São Cristóvão, Zona Norte do Rio - Reginaldo Pimenta
Caminhonete circulou com cabos eleitorais em São Cristóvão, Zona Norte do RioReginaldo Pimenta
Por O Dia
Rio - Proibida pela Justiça Eleitoral, a boca de urna segue a todo vapor nas eleições municipais deste ano no Rio. A prática, que consiste basicamente em aliciar o eleitor, por meio da distribuição ou veiculação de propagandas políticas, para, assim, convencê-lo a votar em determinado candidato, é considerada criminosa e cabível de detenção.
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Em Higienópolis, Zona Norte do Rio, apoiadores de candidatos disputam o apoio de eleitores com distribuição de santinhos na Avenida dos Democráticos, principal via da região. 
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"Eles não estão nem preocupados com a fiscalização. Querem distribuir o material para o candidato que trabalham. Tem uns que são tão fiéis que entregam material de dois ou três candidatos. Todo ano de eleição é assim", reclama uma eleitora. 
"É importante que o eleitor já tenha em mente em qual candidato vai votar. Evitar pegar esse tipo de material que é distribuído no dia do pleito. Se é crime, não podemos fazer parte", diz outro eleitor. 
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Em frente á Escola Municipal Uruguai, na Rua Ana Neri, em São Cristóvão pessoas distribuíam livremente santinhos de candidatos e um gari tinha trabalho para varrer o chão em frente á escola. A equipe de reportagem não observou a presença de fiscalização no local.
Na Mangueira, Zona Norte do Rio, dezenas de pessoas erguiam bandeiras na Rua Visconde de Niterói, onde o chão estava repleto de santinhos. Uma caminhonete adesivada transitava com cinco pessoas na caçamba com bandeiras pela região.
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Em um dos acessos ao Jacaré, havia, durante a manhã, distribuição de santinhos e pessoal com bandeiras de candidatos. Assim como em Higienópolis, onde havia distribuição de santinhos e bandeiras de propaganda política.
Uma fila de mais de cem metros irritou eleitores no Colégio Legião da Boa Vontade, na Rua Domingos de Barros, em Del Castilho, Zona Norte do Rio.

Sob sol forte, eleitores criticam a falta de organização da fila de acordo com os protocolos sanitários de enfrentamento ao coronavírus.

"Essa fila é um absurdo, deveria ser de 1,5 metro. Aqui tá uma bagunça. Estou há uns 40 minutos na fila,meu filho tem asma", reclamou a dona de casa Rosimere Marino, 54 anos.
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O eleitor pode denunciar a prática à polícia e a Justiça Eleitoral.