Carlos Siqueira, Lula e Marcelo Freixo: fechados na candidatura pelo Governo do RioRicardo Stuckert / Divulgação

A Executiva Nacional do PT adiou para sexta-feira, 5, a decisão sobre a manutenção do apoio a candidatura do deputado Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio. Em reunião na manhã desta quinta-feira, a direção do partido discutiu sobre a situação dos palanques estaduais em que ainda há entraves a serem resolvidos.

A decisão do partido deve passar pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem será a palavra final. O partido vai aguardar até a data limite para o registro de candidaturas e chapas na Justiça Eleitoral. A expectativa é que o PSB pressione o deputado Alessandro Molon a mudar de ideia e retirar a candidatura ao Senado, algo visto como improvável por aliados do pessebista.

Quatro integrantes da executiva nacional do PT já se posicionaram contra a candidatura de Molon (PSB) ao Senado pelo Rio. Eles devem engrossar o movimento contra a aliança do petismo com o PSB fluminense. A maioria da direção petista no Rio, porém, ainda defende a aliança com o PSB no Estado.

Nas articulações da candidatura de Lula para a disputa pela Presidência, o PT decidiu apoiar Freixo na disputa para o Palácio Guanabara. Em troca, os petistas esperavam indicar o candidato da chapa à cadeira no Senado. O escolhido é André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Mas Molon, presidente estadual do PSB, não quer abdicar de sua candidatura. Decidiu mantê-la, contrariando o PT. Segundo o parlamentar, o acordo entre as legendas alegado pelos petistas nunca existiu.

Insatisfeita, a executiva estadual do partido no Estado aprovou, por maioria, o rompimento da aliança com Freixo na noite de terça-feira, 2. Seus integrantes acusam o PSB de descumprir o acordo estadual. Cabe ainda ao Diretório Nacional validar a decisão junto com os outros partidos que compõem a federação: PC do B e PV.
*Por Giordanna Neves e Rayanderson Guerra