Debate deste domingo com os pré-candidatos ao Governo do Estado do ParanáReprodução

Paraná - A ausência do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que lidera as pesquisas na busca pela reeleição, foi explorada pelos pré-candidatos ao Governo do Estado que participaram do debate da Band, na noite deste domingo, 7. Principal adversário e segundo colocado nos levantamentos, Roberto Requião (PT) aproveitou a ausência do governador para atacá-lo. O petista, que já governou o Paraná em três mandatos, disse que Ratinho também está ausente do comando do Estado.
No início do debate, a emissora informou que a assessoria do governador justificou que ele estava cumprindo agenda em Maringá, no norte do Estado. Além de Requião, estiveram presentes Adriano Teixeira (PCO), Angela Machado (PSOL), Ivan Bernardo (PSTU), Joni Correia (DC), Ricardo Gomyde (PDT), Solange Ferreira Bueno (PMN) e Vivi Mota (PCB).

Em quatro rodadas de perguntas entre os postulantes ao Palácio Iguaçu, alguns temas importantes, como a saúde e a crise hídrica que atingiu o Paraná, foram pouco discutidos. Por outro lado, eles abordaram mais as questões que envolvem a segurança pública, o leilão para o novo pedágio, o agronegócio e a educação.

Sem Ratinho Jr., o ex-governador Requião tornou-se o alvo principal das primeiras perguntas em cada rodada. Apesar disso, não ocorreram confrontos diretos com o petista. Os debates mais quentes foram entre os pré-candidatos do DC e PCB. Em duas oportunidades, Vivi Mota obteve direito de resposta por falas de Joni Correia criticando a invasão de propriedades privadas.

No primeiro bloco, que foi o maior, os temas mais abordados foram a situação do pedágio no Paraná, que está com as cancelas abertas após o fim dos antigos contratos, em novembro do ano passado, e a segurança pública, com questões sobre o policiamento ostensivo, feminicídios e o armamento da população

Com duas rodadas de perguntas, nesse bloco o ex-governador Requião foi questionado somente sobre o pedágio. Ele comandou o governo estadual entre 2003 e 2010. Na primeira campanha, Requião prometeu que as tarifas seriam reduzidas ou então o pedágio acabaria, o que não ocorreu. Desta vez, ele defendeu a adoção da tarifa de manutenção.

Poucas propostas concretas para os problemas do Estado foram discutidas durante o debate, que teve a defesa de ideologias partidárias e questões nacionais em evidência nos três blocos. Os pré-candidatos, que tiveram dificuldades para respeitar o cronômetro, também exploraram temas como o desemprego e as tarifas de água e luz.