O candidato do PTB à Presidência Padre KelmonDivulgação

O candidato do PTB à Presidência, Padre Kelmon, disse que encara como "providência divina" sua candidatura ao Planalto. Ele assumiu o lugar de Roberto Jefferson (PTB) na chapa após o Tribunal Superior Eleitoral indeferir o nome do ex-presidente da legenda na disputa.

"Um sacerdote jamais pensou ser presidente da República do seu próprio país. Eu encaro como providência divina. Um padre e um pastor candidatos pela primeira vez na história", disse ao chegar na sede do SBT, onde acontece debate promovido pelo Estadão e outros veículos de imprensa. Jefferson está em prisão domiciliar por ordem proferida no inquérito das milícias digitais.
Bolsonaro faz dobradinha com Padre Kelmon para relacionar Nicarágua ao PT
O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, fez uma dobradinha com o candidato Padre Kelmon, do PTB, para relacionar os casos de perseguição religiosa pelo governo de Daniel Ortega, na Nicarágua, ao seu principal rival, Luiz Inácio Lula da Silvia (PT).

O presidente tem vantagem contra o petista no público religioso nas pesquisas de intenção de voto. Bolsonaro lembrou de seu discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em que disse que o Brasil estava aberto para receber padres e freiras que estavam sendo perseguidos na Nicarágua e afirmou que Lula é "amigo íntimo" de Ortega.

"Nunca vi em nenhum momento o pessoal da esquerda brasileira criticar. São amigos, mas quando cometem atrocidades ninguém diz nada. O cristão é morto, perseguido, e não queremos essa situação no Brasil. Para que isso seja evitado, nós, católicos, ortodoxos e evangélicos, precisamos ficar atentos a esses que fazem parte do mesmo grupo, esses defendem a morte", respondeu Padre Kelmon.

O presidente também destacou que o governo de Ortega tem fechado veículos de comunicação. "Nós não daremos as costas aos perseguidos pelo mundo", disse Bolsonaro. Kelmon ainda disse que está concorrendo à Presidência, pois está preocupado com os rumos da Nação. O religioso foi escolhido para a liderar a chapa do PTB após Roberto Jefferson ter a candidatura negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).