Segundo o cientista político, Paulo Baía, esta é uma eleição com candidatos razoáveis, mas com muita tensãoTomaz Silva/Agência Brasil

Neste domingo, 2, o eleitor fluminense precisará escolher um entre os nove concorrentes ao Poder Executivo do Rio. Segundo a última pesquisa divulgada pelo Datafolha no sábado, 1º, três aparecem como favoritos: Cláudio Castro (PL), com 44% dos votos válidos; Marcelo Freixo (PSB), com 35% e Rodrigo Neves (PDT), com 10%. O candidato à reeleição, Castro, tem mostrado uma estabilidade nas pesquisas. Mas Freixo, seu concorrente direto, tem diminuído a distância de seu adversário.
Para o cientista político Paulo Baía, da UFRJ, esta é uma eleição com candidatos razoáveis, mas com muita tensão "por causa do bolsonarismo, do ódio aos diferentes e do estímulo a esse ódio", declara.
Desde 2016, quando chegou a atrasar salários do funcionalismo público, o Rio vem se recuperando gradativamente. Por isso, é importante conhecer as propostas de quem vai nortear as políticas públicas pelos próximos quatro anos. Para auxiliá-lo na escolha, a equipe O DIA fez uma lista com uma breve apresentação de todos os candidatos que estão concorrendo ao Palácio de Guanabara. Confira!
Cláudio Castro — Coligação "Rio Unido e Mais Forte" (Avante / DC / MDB / PL / PMN / PODE / PP / PROS / PRTB / PSC / PTB / Republicanos / SDD / União)
O advogado Cláudio Castro busca a reeleição para o governo do Rio pelo Partido Liberal (PL). O candidato assumiu o cargo de representante do executivo fluminense depois que o ex-governador Wilson Witzel (PMB) sofreu um impeachment em 2021. O postulante era vice de Witzel quando este foi eleito em 2018. Antes disso, Castro ocupou uma vaga na Câmara Municipal do Rio após receber mais de 10 mil votos nas eleições de 2016. Em 2022, o atual governador diz que Pacto RJ é um Programa de Estado que vai além de um projeto de reeleição.
Cyro Garcia (PSTU)
Candidato ao governo do Rio pelo PSTU, Cyro é ex- bancário e professor de história. Nos anos 70 iniciou sua militância no movimento sindical bancário, tendo sido fundador da CUT e do PT na década seguinte.
Eduardo Serra (PCB)
Serra é professor da UFRJ e tem como principal pauta de campanha criar um “projeto anticapitalista” para o estado. Iniciou sua carreira política na década de 1970, quando participou de movimentos estudantis e sindicais.
Juliete Pantoja (UP)
A candidata é vice-presidente estadual da UP e atua há mais de 10 anos como educadora popular dentro do movimento de luta nos bairros, vilas e favelas (MLB) em defesa do direito à moradia. Paralelamente, integra a Associação dos Estudantes Secundaristas do RJ (Aerj), na Baixada Fluminense.
Luiz Eugênio Honorato (PCO)
Honorato vai concorrer pelo Partido da Causa Operária (PCO) nessas eleições. Luiz nasceu em Volta Redonda, no sul fluminense, onde ainda mora e tem 61 anos. É metalúrgico aposentado da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Marcelo Freixo — Coligação "A vida vai melhorar" (PSB / Federação Brasil da Esperança - PT/PC do B/PV / Federação PSDB/CIDADANIA / Federação PSOL/REDE)
Candidato do PSB ao governo do Rio, o deputado federal Marcelo Freixo, de 55 anos, nasceu em São Gonçalo e é formado em História pela UFF. Iniciou na vida pública como assessor do então deputado estadual Chico Alencar e, em 2007, conseguiu se eleger como deputado estadual. Em 2012, após se reeleger para a Alerj, lançou sua candidatura para a Prefeitura do Rio. Tentou novamente em 2016, sem sucesso, mas dois anos depois conquistou uma vaga no Congresso Nacional como o candidato de esquerda mais votado no Rio de Janeiro. Em 2021, foi escolhido para ser o líder da Minoria da Câmara.
Paulo Ganime (Novo)
Ganime ingressou na vida pública em 2018 com quase 53 mil votos e, desde então, tem trabalhado em pautas como as Reformas Administrativa e Tributária, o fim dos privilégios e o combate à corrupção.
Rodrigo Neves — Coligação "Pra mudar com quem sabe governar" (PDT/Patri/PSD/Agir)
Candidato ao governo do Rio pelo PDT, Rodrigo foi vereador, deputado estadual, secretário estadual e prefeito de Niterói por dois mandatos. Em 2018, alvo da Operação Alameda, em dezembro de 2018, o então prefeito de Niterói ficou mais de 90 dias na cadeia. No entanto, o seu processo foi extinto pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em julho de 2022 por falta de provas. Em 2020, o postulante recebeu o prêmio de reconhecimento da ONU, do Congresso Smart City e da Fira de Barcelona pela atuação de Niterói no combate à pandemia do novo coronavírus.
Wilson Witzel (PMB)
Em 2019, Witzel tomou posse no Palácio Guanabara, mas perdeu o mandato dois anos depois após sofrer um processo de impeachment. Sua candidatura nas, eleições de 2022, foi indeferida pelo TSE, e os votos serão considerados nulos a menos que um recurso reforme a decisão