São Paulo - O prefeito de Bocaína (SP), Marco Antônio Giro, foi em flagrante neste domingo, 2, no interior por fazer boca de urna, informou o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Segundo boletim do tribunal, divulgado por volta das 10h, ele foi liberado após o registro do boletim de ocorrência.
Em nota, o TRE-SP afirma que Marco Antonio Giro (União), conhecido como Pipoca, foi preso por realização de boca de urna perto de um local de votação, o que é proibido pela legislação eleitoral.
"Ele foi flagrado pelo chefe do cartório eleitoral e pelo juiz eleitoral Alexandre Vicioli perto da Escola Municipal Santa Rita de Cássia distribuindo 'santinhos'. Com ele, também foram encontrados alguns adesivos com propaganda eleitoral. Todo o material foi apreendido", informa a nota.
"O prefeito foi conduzido à delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência por infração ao delito tipificado no artigo 39, parágrafo 5º, inciso III, da Lei 9.504 de 1997", acrescenta.
Já a defesa do prefeito de Bocaina negou que ele tenha praticado qualquer ato de boca de urna, e que "ocorreu uma distorção através de denúncia anônima".
"O Prefeito Marco Antônio Giro não esteve praticando nenhum ato de boca de urna. Ocorreu uma distorção através de denúncia anônima, o Sr. Marco Antônio Giro estava com crachá de delegado partidário na camiseta. Devido ao fato ele compareceu espontaneamente junto a Polícia Civil e com a realização do esclarecimento, foi imediatamente liberado e se encontra normalmente em sua atividade como delegado partidário", disse.
Nas redes sociais, Marco Antônio fez uma publicação onde também afirma que não está preso e que apenas conversou com o juiz eleitoral na delegacia. O prefeito diz que perguntou ao magistrado se ele poderia conversar com quem chegasse puxando conversa.
Posso conversar com os meus eleitores? Posso conversar com o povo de Bocaína? A população de Bocaína me procura e eu posso conversar e foi só isso a conversa", comentou. Em outro momento do vídeo, Marco Antônio mostra a sua identificação de delegado partidário e mostra o local de votação: "eu tô aqui, vocês podem ver".
A boca de urna, que é quando uma pessoa faz propaganda de um candidato no dia da eleição, é um crime eleitoral. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem é pego fazendo boca de urna está sujeito à pena de detenção, que pode variar de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade e multa no valor de até R$ 15,9 mil.
Até este momento, informou o TRE-SP, 45 urnas precisaram ser substituídas em todo o estado de São Paulo, sendo 25 delas na capital paulista. Esse valor de urnas substituídas em todo o estado corresponde a cerca de 0,03% do total de 115.510 urnas que estão em operação hoje no território paulista. Segundo o tribunal, todas estas 45 urnas foram substituídas por outras urnas eletrônicas.
O estado de São Paulo tem 34.667.793 eleitores e eleitoras aptos a votar nas eleições de 2022, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com acréscimo de 1,1 milhão de eleitores em relação às eleições municipais de 2020, os paulistas representam 22,16% do eleitorado do país, que totaliza 156.454.011 milhões.
A capital paulista concentra 26,8% do eleitorado paulista e possui o maior contingente entre os 5.570 municípios brasileiros, com 9.314.259 milhões de eleitores.
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