O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) afirmou, na manhã desta segunda-feira, 3, que vai se reunir para liberar sigla para apoiarem quem quiser no segundo turno - Jair Bolsonaro (PL) ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "A Executiva Nacional do PSDB se reúne nesta terça feira, 4, para se posicionar pela liberação de seus diretórios estaduais no segundo turno da eleição presidencial", disse a publicação do partido, que governou o país duas vezes com Fernando Henrique Cardoso.
O PSDB perdeu pela primeira vez em 28 anos o governo de São Paulo. Rodrigo Garcia, que fez carreira no DEM (hoje União Brasil) e entrou nas fileiras tucanas apenas no ano passado, ficou em terceiro lugar da disputa. Pela primeira desde 1994 um tucano não comandará o maior Estado do País. "Quero agradecer o carinho com que fui recebido durante nossa campanha e os votos recebidos neste domingo. Vou continuar trabalhando para o Estado que tanto amo. São Paulo, conte sempre comigo", disse o governador de São Paulo no Twitter após a derrota.
O segundo turno será disputado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT). Na noite deste domingo, 2, Lula declarou apoio ao candidato petista, que perdeu as eleições presidenciais para Bolsonaro em 2018.
Neste ano, nenhum candidato do partido foi eleito senador. Para os cargos de governador, ninguém foi eleito no primeiro turno, no entanto, no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) vai concorrer com Onyx Lorenzoni (PL). Em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) disputa contra Marília Arraes (Solidariedade), e na Paraíba, Pedro Cunha Lima (PSDB) enfrenta João Azevedo (PSB). Quase todos os tucanos ficaram em segundo lugar no primeiro turno, exceto Eduardo Riedel, que disputa contra o candidato Capitão Contar (PRRB), no Mato Grosso do Sul.
O PSDB não teve nenhum candidato a presidência e a presença do partido no âmbito nacional foi com Mara Gabrilli, como vice da candidata Simone Tebet (MDB), que ficou em 3º lugar na votação, com 4,2% dos votos.
A bancada na Câmara, que já havia diminuído em 2018, agora vai ser de 18 deputados a partir de 2023, contando com os eleitos pelo Cidadania, que fazem parte de uma federação com os tucanos. Há quatro anos, o PSDB sozinho elegeu 29 deputados. Antes, o partido tradicionalmente ficava com mais 50 e estava em as três maiores bancadas, disputando protagonismo com PT e MDB.
Dos três tucanos que tentaram repetir Fernando Henrique Cardoso e concorreram a presidente do Brasil, um, José Serra, não foi eleito como deputado federal. Aécio Neves, quase não foi eleito neste ano. O PSDB de Minas conseguiu duas vagas para a Câmara e Aécio ficou em segundo pelo partido. Já Geraldo Alckmin, saiu do partido e se filiou ao PSB para ser candidato a vice de Lula.
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