Fátima Bernardes Reprodução de vídeo

Rio - A apresentadora Fátima Bernardes, de 60 anos, comentou nos Stories, do Instagram, nesta segunda-feira, a rendição do ex-deputado federal Roberto Jefferson. A artista convidou seus seguidores a refletirem se o tratamento dado ao político, que atacou agentes da Polícia Federal no último domingo, seria destinado a qualquer brasileiro que tivesse resistido a prisão.
"Queria fazer uma pergunta para você, para a gente refletir juntos. Se você, eu, qualquer brasileiro condenado, cumprindo prisão domiciliar, atirássemos contra a polícia, feríssemos dois policiais, lançássemos granadas contra carro da polícia, será que nós receberíamos como tratamento o ministro da Justiça acompanhando a nossa rendição?", perguntou.
Fátima ainda citou a proximidade entre Jefferson e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição no segundo turno das eleições presidenciais, que acontecem no próximo domingo. Os dois trabalharam juntosno PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). "Ou será que isso aconteceu porque o ex-deputado Roberto Jefferson é aliado do nosso presidente? Vamos pensar sobre isso? Por que o tratamento foi tão diferente daquele que seria destinado a qualquer brasileiro?", questionou.
Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi transferido, na noite desta segunda-feira, para Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. No último domingo, ele disparou contra agentes da Polícia Federal que foram a sua casa, em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana, para cumprir um mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Jefferson se defendeu dizendo que não atirou para matar, mas sim para alertar os agentes. Apesar disso, dois policiais ficaram feridos por estilhaços na ocorrência, sendo um deles na cabeça. Os outros dois não foram atingidos.
Fátima declara voto em Lula
Com as eleições presidenciais, Fátima Bernardes tem se manifestado mais sobre política nas redes sociais. No dia 1º de outubro, a apresentadora declarou publicamente, pela primeira vez, seu voto em Lula no primeiro turno das eleições presidenciais. A jornalista e apresentadora gravou um vídeo explicando que estava esperando aparecer uma terceira opção de voto quando decidiu pela opção do PT. Ela também contou que evitava falar abertamente sobre suas intenções eleitorais motivada pela sua profissão.
"Eu mesma pensei muito. Esperei muito por uma terceira via que fosse uma renovação de opção pra Presidência da República, mas isso não aconteceu. O país parte para mais uma eleição muito dividido, o que é muito triste. Eu sempre mantive o meu voto em sigilo, porque é um direito meu e também uma necessidade pela função que eu exercia. Hoje, depois do que aconteceu nos últimos quatro anos, da falta de humanidade diante das centenas, de milhares de vítimas da pandemia, dos seguidos ataques às mulheres a imprensa, a ciência, a democracia, do retorno da fome de uma maneira inaceitável, da campanha pelo aumento do número de armas em mãos e civis, e da mistura da religião com a política. Eu achei importante revelar o voto. Nessas eleições diante do momento em que estamos vivendo eu voto 13. Voto Lula. E que seja um domingo de paz e respeito entre todos os brasileiros".