Pesquisas indicam vitória de Lula, mas mostram Bolsonaro próximoMontagem iG / Imagens: Ricardo Stuckert e Marcelo Camargo/Agência Brasil

Neste sábado (29), uma série de pesquisas presidencial foi divulgada e a maioria mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente. No entanto, há alguns levantamentos que colocam o presidente Jair Bolsonaro (PL) em primeiro lugar nas eleições 2022. A tendência, segundo dados das empresas, que a disputa seja equilibrada e o eleitor saiba quem será o próximo presidente do Brasil no fim da noite de domingo (30).
As duas principais pesquisas do país, Datafolha e Ipec, colocam Lula na liderança com 52% e 54% contra 48% e 46% de Bolsonaro, respectivamente. Já o instituto Atlas, que ganhou notoriedade nos últimos anos por acertar os resultados dos Estados Unidos e das eleições municipais do Brasil em 2020, trouxe o petista com 53,4% a 46,6% do seu adversário.
Se o Atlas coloca Lula em primeiro lugar, o instituto Veritá apresenta um contraponto. Os números da empresa colocam Bolsonaro na liderança com uma boa vantagem em relação ao petista.
Na pesquisa de intenção de voto estimulada, quando os nomes dos candidatos são oferecidos aos entrevistados, Bolsonaro tem 49% dos votos, contra 46,1% de Lula. Ao considerar apenas os votos válidos, o presidente tem 51,5%, contra 48,5% do petista.

Confira abaixo os números das últimas pesquisas:
Datafolha: Lula 52% x 48% Jair Bolsonaro
Ipec: Lula 54% x 46% Jair Bolsonaro
Atlas: Lula 53,4% x 46,6% Jair Bolsonaro
Quaest: Lula 52% x 48% Jair Bolsonaro
MDA: Lula 51,1% x 48,9% Jair Bolsonaro
Paraná Pesquisas: Lula 50,4% x 49,6% Jair Bolsonaro
Brasmaket: Jair Bolsonaro 53% x 47% Lula
Veritá: Jair Bolsonaro 51,5% x 48,5% Lula
PoderData: Lula 53% x 47% Jair Bolsonaro
Ipespe: Lula 53% x 47% Jair Bolsonaro
Modal/Mais: Jair Bolsonaro 50,3% x 49,7 Lula
No agregado de todos os relatórios, Lula lidera com 51,3% contra 48,7% do presidente Bolsonaro. Desta forma, o petista chegará no próximo domingo favorito para vencer as eleições, mas há grandes chances do atual governante virar e ser reeleito.

Primeiro turno
De acordo com a Justiça Eleitoral, Lula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345). O vencedor do segundo turno das eleições, que acontecerá amanhã em todo o país, irá comandar o Brasil por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.
No segundo turno, além de a população brasileira votar pelo candidato que vai assumir a presidência, 12 unidades da federação também deverão escolher os governadores que assumirão o comando dos estados a partir do ano que vem. São elas:

Alagoas: Paulo Dantas (MDB) X Rodrigo Cunha (União Brasil)
Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) X Eduardo Braga (MDB)
Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT) X ACM Neto (União Brasil)
Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) X Carlos Manato (PL)
Mato Grosso do Sul: Renan Contar (PRTB) X Eduardo Riedel (PSDB)
Paraíba: João Azevedo (PSB) X Pedro Lima (PSDB)
Pernambuco: Marília Arraes (Solidariedade) X Raquel Lyra (PSDB)
Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) X Eduardo Leite (PSDB)
Rondônia: Marcos Rocha (União Brasil) X Marcos Rogério (PL)
Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) X Décio Lima (PT)
São Paulo: Tarcísio de Freitas (Republicanos) X Fernando Haddad (PT)
Sergipe: Rogério Carvalho (PT) X Fábio Mitidieri (PSD)
Apoiadores do candidato vencedor poderão usar Av. Paulista no domingo
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu nesta quinta-feira (27) que os apoiadores do candidato vencedor das eleições 2022 terão o direito a usar a Avenida Paulista no domingo, a partir das 20h30. A ocupação da avenida no dia do segundo turno vinha sendo alvo de disputa por petistas e bolsonaristas.
Apoiadores de Jair Bolsonaro que estavam organizando um ato para acompanhar a votação na via serão obrigados a recuar.

"Decide-se no sentido de que deverá dar-se conforme estritamente o resultado da eleição, prevalecendo e aplicando-se o mesmo consenso a que se chegou para o primeiro turno", escreveu o juiz Randolfo Ferraz de Campos na decisão.