Por pedro.logato


São Paulo - Sebastián Eguren é um jogador diferenciado. Porém, não é o que faz dentro de campo que faz do novo reforço do Palmeiras um atleta que foge a normalidade. O uruguaio é bastante comunicativo, gosta de falar sobre esquemas táticos, política e cultura. Admirador do presidente do seu país, José Mujica, o jogador se posiciona até mesmo sobre assuntos polêmicos.

Eguren gosta de comentar decisões polêmicasDivulgação

Sobre a posição do mandatário do país de buscar que o Congresso descriminalize a maconha, Eguren, se mostra totalmente a favor. Apesar disso, o volante afirma ser contrário ao consumo da droga, assim como à utilização de outras substâncias.

"Não concordo com o consumo de maconha, tabaco e álcool, mas, quando as coisas são fiscalizadas e consumidas legalmente, é favorável a todos. O fato de que o presidente apoie a causa não significa que esteja fazendo apologia. As pessoas consomem maconha e, legalizando-a, o Estado poderá ser ressarcido. O consumo ficaria mais restrito e não haveria um negócio sujo por baixo dos panos. Não me parece ruim", afirmou.

Sobre outro assunto polêmico, o aborto, o volante também se manifestou positivamente. Para o uruguaio, independente de considerar certo ou não o ato, o importante é poupar a vida das mulheres interessadas.

"O aborto sempre fez parte do dia a dia, e muitas garotas morrem. Legalizando, a mulher pode escolher, ela tem que ser parte desse assunto. Esse tipo de coisa deve ser feito dentro da legalidade e cuidando da saúde de quem quer fazer", declarou.

Sobre o seu país, Eguren afirma que os uruguaios vivem um momento especial. Segundo o volante, a boa campanha na Copa do Mundo de 2010 somada à gestão de Mujica, trouxe o orgulho de volta ao Uruguai.

"Vínhamos de uma crise econômica significativa do começo dos anos 2000. O país já tinha melhorado, mas faltava algo para que nosso povo pudesse festejar, e a Copa foi a desculpa perfeita. Fazia muito tempo que o Uruguai não tinha apenas uma cor, a cor celeste. Já não importavam os partidos políticos, a cor da pele e a classe social. Todos saíram às ruas para festejar não um título, mas uma honrosa derrota na semifinal", contou.

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