Rio - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, não deixou as críticas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sem resposta. Ontem, no Maracanã, em entrevista coletiva ao lado do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do presidente da CBF, José Maria Marín, o dirigente rebateu Paes, que havia afirmado que a Fifa não se preocupa em deixar um legado após a Copa do Mundo, ao contrário do Comitê Olímpico Internacional (COI), que cuida da organização dos Jogos Olímpicos de 2016.
“Não quero entrar em polêmica. Acredito que vocês estejam vendo o que uma Copa gera para o país. Temos interesses que vão além dos estádios. Mas volto a dizer. Não dá para ter uma Copa sem estádio. Vamos jogar onde? Na praia? O Mundial de futebol de areia é no Taiti”, ironizou.
Outro ponto abordado por Valcke foi a segurança durante o Mundial. Em junho, dura nte a Copa das Confederações, a Fifa se mostrou preocupada após diversas manifestações populares nos principais centros do país.
“Organizamos a Copa das Confederações nessas condições, e tenho certeza de que faremos uma grande Copa do Mundo. O governo brasileiro é o responsável pela segurança”, disse Valcke.
“A Copa das Confederações aconteceu em meio às maiores manifestações que o país testemunhou. Dezenas de deslocamentos das seleções, alguns simultâneos, foram realizados sem problemas. Não há o que temer em relação à segurança no Mundial. A Copa é um evento desejado pelo povo brasileiro”, completou o ministro do Esporte.
PARADA TÉCNICA EM 2014
Por causa do horário dos jogos na Copa de 2014 — principalmente em cidades como Rio, Brasília, Cuiabá e Manaus — , a Fifa pode estabelecer a parada técnica, semelhante à do Campeonato Carioca.