Brasília - Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal anunciou ontem que a Gaviões da Fiel, do Corinthians, e a Independente, do São Paulo, estão proibidas de frequentar o Mané Garrincha nos próximos dois anos por causa das brigas com vascaínos e flamenguistas, respectivamente, nas últimas semanas. As duas facções serão obrigadas a ficar a 5km de distância do estádio.
Em outra medida, todas as organizadas terão de apresentar o cadastro atualizado dos sócios e enviar com cinco dias de antecedência do jogo a lista de quem comparecerá. As autoridades vão analisar os dados e decidir se a torcida será autorizada a entrar.
“Foram essas torcidas que praticaram as agressões. Estamos fazendo uso do Estatuto do Torcedor. Não vamos admitir atos de vandalismo e violência”, disse o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.
Vasco e Corinthians também devem ser punidos. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) apresentou denúncia ontem contra os clubes, que podem perder o mando de campo de até dez jogos. O procurador Paulo Schmitt ainda incluiu um requerimento para que os dois atuem com portões fechados.
A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Leandro Silva de Oliveira e Raimundo César Faustino por envolvimento na briga no Mané Garrincha. Os dois integrantes da Gaviões da Fiel foram reconhecidos por um policial e serão enquadrados de acordo com o Estatuto do Torcedor. Se condenados, terão de se apresentar em um lugar previamente estabelecido duas horas antes dos jogos e só serão liberados duas horas depois do apito final. Ambos já foram impedidos de frequentar estádios no estado de São Paulo por 90 dias.
Um terceiro corintiano foi reconhecido, em reportagem do ‘Estado de S. Paulo’. Cleuter Barreto Barros, assim como Leandro, foi um dos 12 torcedores presos na Bolívia pela morte de Kevin Espada, em jogo pela Libertadores. A polícia tenta identificar outros envolvidos por meio das imagens de câmeras de segurança.
