Movimento apresenta acréscimos à proposta de regras sobre questões financeira e trabalhista
Por rafael.arantes
Rio - A Confederação Brasileira de Futebol e o Bom Senso F.C. travaram nesta quarta-feira, através de notas oficiais, mais um round sobre a moralização do futebol pentacampeão mundial. A CBF emitiu documento no qual responde às reivindicações do movimento de jogadores que exige mudanças estruturais no esporte. Já o Bom Senso divulgou comunicado para explicar os pontos por ele cobrados para definir o “fair play fiscal e trabalhista” a ser implantado pela entidade na prática da modalidade.
Entre outros temas, a CBF se pronunciou a respeito das mudanças no calendário e lembrou que a diminuição no número de partidas (uma exigência do Bom Senso F. C.) pode implicar em perda de receita às agremiações. Mas sugere que aconteça um limite de 65 partidas por ano para cada agremiação.
Marin se depara com cobranças do Bom Senso F.C.Carlos Moraes / Agência O Dia
Já o Bom Senso F.C. deu sua versão sobre o “"fair play fiscal e trabalhista” a ser implantado pela CBF. E exigiu a criação de uma agência reguladora independente para a fiscalização do pagamento de salário dos atletas pelos clubes. Se nem assim as dívidas dos clubes forem saldadas, eles deverão ser excluídos das competições do próximo ano.
A CBF, por sua vez, citou a Federação Paulista como exemplo de sucesso na implementação do Fair Play financeiro. Mas admitiu que ajustes são necessários. A entidade máxima do futebol brasileiro garantiu estar disposta a, ao lado dos jogadores do Bom Senso F. C., aperfeiçoá-lo.
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Sobre a participação dos jogadores nos Conselhos Técnicos, o documento da CBF explica que isso já acontece de forma extraoficial com o Sindicato dos Atletas, mas que pode ser oficializado, desde que aprovado pela Assembleia Geral da CBF ou em reunião dos clubes.
Outra medida que o Bom Senso F. C. espera que a CBF melhore diz respeito à regulamentação para que o direito de imagem dos jogadores passe a representar no máximo 20% da remuneração total dele. Atualmente, na maioria das vezes, corresponde à maior parte dos salários do atleta, o que faz com que os clubes paguem menos impostos trabalhistas.