Elkeson afirma: ‘Não é impossível ganhar do Bayern’
Ex-Botafogo, jogador acredita em clube chinês na final do Mundial
Por pedro.logato
Marrocos - Aos 24 anos, Elkeson não demorou para mostrar as suas credenciais no Guangzhou Evergrande. Em sua primeira temporada, marcou 24 gols em 28 jogos no Campeonato Chinês, sendo artilheiro e conquistando o título.
Na Liga dos Campeões da Ásia, foram seis jogos, seis gols e outro troféu levantado. Pela semifinal do Mundial de Clubes, o ex-botafoguense tem hoje o poderoso Bayern de Munique pela frente, às 17h30m, em Agadir, no Marrocos, e promete muita luta contra o ‘melhor time do mundo’.
Elkeson quer vitória sobre o BayernDivulgação
O DIA: Está gostando de morar na China?
ELKESON: Adorando. Este primeiro ano foi muito especial. Eu me adaptei rapidamente, tive sucesso, ajudado pela equipe, que foi muito bem. Conseguimos cumprir o objetivo e conquistamos a Liga dos Campeões da Ásia.
O DIA: Qual o objetivo do Guangzhou Evergrande no Mundial de Clubes?
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ELKESON: Tínhamos o adversário do Egito e agora pegamos o Bayern de Munique, que é o time a ser batido, campeão da Europa. Se não der para ser campeão, vamos lutar pelo terceiro lugar.
O DIA: O Bayern de Munique é um time imbatível?
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ELKESON: Não é impossível ganhar do Bayern, mas é claro que é muito difícil. Acredito que em futebol tudo seja possível. Se a gente tem 1% de chances, temos que acreditar.</MC>
O DIA: Quem é mais forte: Atlético ou Bayern?
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ELKESON: São duas equipes muito fortes, favoritas ao título.
O DIA: Ronaldinho Gaúcho ou Ribéry?
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ELKESON: Ronaldinho, sem dúvida. Ele é diferenciado. Como atleta e também como pessoa.
O DIA: Como está sendo trabalhar com Marcelo Lippi, campeão do mundo com a Itália em 2006?
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ELKESON: Está sendo espetacular. A Itália não era favorita na ocasião, mas aos pouquinhos foi passando e ganhou. Ele pediu a minha contratação, isso me deu confiança. O Lippi já tinha vencido tudo, só faltava a Liga dos Campeões da Ásia.
O DIA: O Conca e o Muriqui te ajudaram na adaptação?
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ELKESON: Eles me ajudaram muito, pois já estavam adaptados. Indicaram restaurantes, falaram sobre a cidade...
O DIA: A China é tão exótica quanto a imagem que temos no Brasil?
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ELKESON: O brasileiro tem a imagem da China como aquele país com comidas esquisitas, mas na minha cidade eu não tenho contato com isso. Guangzhou é um lugar muito moderno. Moro em uma das melhores cidades da China, mas sei que tem muito chinês que come carne de cachorro, cobra, escorpião. O Andrezinho (ex-Botafogo) até postou foto disso, mas acho que acontece mais nas cidades ao norte.
O DIA: Você pensa em voltar ao futebol brasileiro?
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ELKESON: Se tiver uma proposta concreta do Brasil ou da Europa, vou pensar. Mas é difícil sair, pois tenho apenas um ano aqui e mais três de contrato.
O DIA: Você sonha com a seleção brasileira? Acha que ainda dá para estar na Copa?
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ELKESON: O objetivo de todo jogador é defender o seu país. No Brasil é difícil porque toda hora tem um jovem talentoso surgindo, mas quem sabe.
O DIA: Você aceitaria se naturalizar chinês para poder jogar pela seleção?
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ELKESON: Nem penso nisso. Acompanhei o caso do Diego Costa pela imprensa e acho que ele escolheu a Espanha porque o país o abraçou. Espero que ele não atrapalhe o nosso título na Copa do Mundo.
O DIA: Você acompanha o Botafogo da China?
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ELKESON: Todo dia eu acompanho as notícias do Botafogo pela internet. Tenho um carinho muito grande pelo clube.
O DIA: Qual o tamanho da perda do Conca, que está voltando para o Fluminense?
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ELKESON: A saída do Conca já era esperada . É um jogador diferente como atleta e pessoa. Estamos perdendo um grande jogador, mas ele está voltando para o time que ama.