Por pedro.logato
Rio - Ainda faltam dois anos e meio para a Olimpíada do Rio, mas entrar no Maracanãzinho já mexe com José Roberto Guimarães. O técnico da Seleção feminina de vôlei fica imaginando o ginásio lotado com a torcida brasileira em 2016 e, também, a pressão sobre as suas meninas.
É esse foco que não deixa o tricampeão olímpico sair do eixo nem mesmo após a bela temporada de 2013, quando o Brasil conquistou todos os cinco torneios que disputou: Montreux, Alassio, Grand Prix, Sul-Americano e, por último, a Copa dos Campeões.
“Minha cabeça já está na Olimpíada. Penso nisso o tempo todo, em como estão as jogadoras, como estão se apresentando, os cuidados que estão tomando. Também penso na preparação psicológica, em toda a pressão que vai existir e a responsabilidade de um time bicampeão olímpico jogar em casa”, afirmou Zé Roberto, que esteve no Maracanãzinho em dezembro para um duelo da Amil contra a Unilever, pela Superliga feminina.
Foco de Zé Roberto é a OlimpíadaDivulgação

Para ele, entrar no ginásio que receberá o vôlei nos Jogos de 2016 é sempre especial:
“Gravei um programa de tevê no Maracanãzinho e, na hora em que eu entrei, já me deu um frio na barriga. Sempre que entro já começo a imaginar e vejo o ginásio lotado.”

Dono de três ouros olímpicos, um com o time masculino (1992) e dois com o feminino (2008 e 2012), o comandante contou que sua mulher, Alcione, ainda paga promessas pela conquista nos Jogos de Londres.

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“Mas ela não me conta e não fico perguntando o que é”, disse.
Para ver o Brasil no alto do pódio em 2016, Zé Roberto prefere não se iludir nem classificar como perfeito o ano de 2013:
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“Nós perdemos um jogo, para a Bulgária. Foi um ano de muitas viagens, que desgastam bastante. A gente tem que trazer campeonatos para o Brasil. Seria importante até como preparação para a Olimpíada de 2016.”
Em Campinas, o sonho de fazer a final da Superliga
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Estar no lugar mais alto do pódio com a Seleção virou rotina para Zé Roberto, mas, no clube, o treinador vê um caminho difícil até o título da Superliga.
Comandando as meninas da Amil, de Campinas, na segunda temporada do time paulista, ele sonha com a decisão do campeonato nacional.
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O time tem 10 vitórias e duas derrotas, mas Zé Roberto vê o Molico/Nestlé e a Unilever na frente.
“Eles têm uma estrutura de anos de trabalho. Lógico que gostaríamos de alcançar a nossa primeira final, mas a gente sabe também que a tarefa é árdua e vai depender muito dos playoffs, dos cruzamentos, do momento em que cada equipe estiver. Vamos ver. Seria realmente realizar um sonho já ir para a final”, disse.
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A convicção do técnico no corte de Mari
um ano e meio após o ouro nos Jogos de Londres, Zé Roberto mantém a convicção em relação ao corte de Mari.
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“Não tenho nada contra ela, mas não me arrependo”, comentou o treinador da Seleção.
Campeã olímpica em Pequim (2008), Mari defende agora o Praia Clube, de Uberlândia (MG), e está de volta às quadras depois de uma cirurgia no joelho esquerdo.
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“Tomara que ela volte bem e consiga fazer uma boa Superliga. Sempre torci muito por ela. Mas tive que ser coerente com os meus pensamentos”, completou o comandante.