Considerado um dos melhores do Brasil, o ex-lateral brilhou no Botafogo, Santos e Cosmo
Por pedro.logato
Rio - Ele grudava nos pontas feito um carrapato e não dava espaço para jogar. Graças à forte marcação, Rildo da Costa Menezes é considerado um dos melhores laterais-esquerdos do futebol brasileiro. Uma história que começou no Botafogo, quando herdou a mítica camisa 6 de Nilton Santos, continuou no Santos, onde jogou no auge da era Pelé, e terminou na América do Norte. Após uma passagem pelo Cosmo e vários clubes americanos, Rildo encerrou a carreira nos Los Angeles Aztecs, aos 34 anos.
“Fui titular nos melhores times no Brasil da época e joguei no exterior com craques como George Best e Beckenbauer. Eu devia ter alguma coisa boa, né?”, brincou o ex-jogador, que se orgulha até hoje da fama de marcador implacável. “Eu grudava nos pontas e não deixava respirar. Não era violento e nem dava espaço, era chato. Por isso, ganhei o apelido de carrapato, o que para mim era um elogio”, disse durante as férias no Rio.
PAIXÃO PELOS EUA
A grande virada na vida de Rildo ocorreu há quase três décadas, quando ele se apaixonou pelos Estados Unidos e resolveu ficar de vez, após ser convidado por Pelé para jogar no Cosmos, em 1976. Ao lado de feras como Carlos Alberto Torres e o Beckenbauer, Rildo foi campeão em Nova York. “Era só toque de bola e dificilmente tinha passe errado. Só tinha fera. Depois fui para o Los Angeles Aztecs onde joguei com outra lenda, o George Best. Com ele fui campeão, em 82, no meu último ano, e depois me convidaram para ser técnico”.
A carreira de treinador não decolou, mas hoje Rildo orgulha-se de descobrir talentos em sua escolinha de futebol.“Já revelei cinco jogadores para a seleção americana. Trabalho com alunos entre 13 e 21 anos e também dou aulas particulares. Estou sempre em busca de um novo diamante”.
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Morando na cidade de Hawthorne, no condado de Los Angeles, Rildo se diz um homem feliz aos 72 anos.
“Minha vida é tranquila e mantenho o meu nível no futebol. Tenho minha família por perto, o carro que quero e vivo bem. Mas não mudei nada, continuo sendo brincalhão e muito comunicativo”.
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Uma de suas maiores diversões é dar uma escapada até os cassinos de Las Vegas, onde arrisca a sorte no jogo.
“Adoro a roleta. De vez em quando jogo. Quando perco, falo que não vou voltar nunca mais, mas passa uma semana e não resisto (risos). Mas só perco o que posso”, garante.