Praia Grande (São Paulo) - De tanto ouvir a avó falar de Barbosa, Rafael Oruan, 12 anos, aprendeu a admirar o goleiro, que foi considerado o grande vilão na Copa de 50. “Desde de pequeno escuto falar que o Barbosa era o melhor goleiro do Brasil, que jogava no Vasco, na seleção brasileira. Também ouvia que ele não agarrou aquela bola, mas não deveria ser injustiçado até hoje”, diz a jovem promessa, que é neto de Tereza Borba, filha de coração do goleiro da Copa de 50.
Na última Copa do Mundo, na África do Sul, Rafael tinha apenas 8 anos, mas não perdoou a falha do goleiro Julio Cesar, no jogo contra a Holanda, que eliminou o Brasil da competição.
“Eu vi o jogo e acho que o Julio César falhou mais do que no lance do Barbosa. Mas ninguém fala muito disso”, lamenta
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Apaixonado por futebol, Rafael sonha em seguir os passos de Barbosa. Corintiano de carteirinha, o garoto tem no goleiro Cássio sua inspiração do presente, e em Barbosa um ídolo para toda a vida.
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“Gosta muito de futebol. Quero ser goleiro, acho que levo jeito. Não sei se vou ser herdeiro do Barbosa, mas ele é uma inspiração a mais para eu jogar futebol. Acho que ele é um pouco meu bisavô. Acho errado o que fizeram com ele. Tanta gente erra no futebol, mas nem por isso foi tão culpada quando ele”.