Por fabio.klotz

Rio - Emerson Sheik tem toda a razão ao dizer que a CBF é uma vergonha estando implícito que o nosso futebol atravessa fase vexatória e constrangedora. Mas isso nada teve a ver com o jogo entre Botafogo e Bahia ou a melancólica campanha alvinegra. O árbitro mineiro acertou e errou, não influiu no resultado do jogo e foi tão ruim como a maioria. O Botafogo jogou fora um resultado favorável porque os seus jogadores estão desequilibrados e há várias partidas vêm sendo expulsos.

Sheik logo após ser expulso no jogo contra o BahiaAndré Mourão

Com um clima político tenebroso, salários atrasados, sem comando e só com Wilson Gottardo dando as caras no futebol, o time se encaminha para o matadouro como gado condenado. O presidente Maurício Assumpção se perdeu, envolveu-se em escândalos, não pagou impostos e agora se esconde deixando o clube à deriva. Se nada mudar com urgência, a Segundona é uma certeza e o clube terá que começar tudo de novo exigindo um árduo trabalho de reconstrução. É como se o Botafogo, depois de subir uma longa escadaria, rolasse todos os degraus e voltasse a 2002.

Circo de horrores

Emerson Sheik teve comportamento suspeito e prejudicial ao Botafogo, dando até a impressão de que resolveu tumultuar. Ele vinha até jogando bem, mas atrapalha o time com seguidas suspensões. A relação custo-benefício está ruim e ele parece figura à parte no contexto. Isso não impede de se concordar que existe lei de mordaça para silenciar opiniões contrárias, e o STJD tem poderes ilimitados, com dois pesos e duas medidas com critérios obscuros e legislação obtusa.

Dentro da curva

O Flamengo esteve em sua curva normal no sofrível empate com o Palmeiras. Fez bom primeiro tempo, muito bem compactado na defesa e foi superior nos contra-ataques encaminhando a vitória. Mas, como Vanderlei sempre lembra, é um time irregular, que acabou surpreendido pela disposição do Palmeiras, que voltou com o talento nem sempre confiável de Valdivia e empatou. Depois, o chileno se perdeu e foi expulso. Tranquilo para o Fla, sem pretensões no campeonato.

Na gangorra

O Fluminense entrou definitivamente em gangorra depois que Fred voltou a ser titular. Coincidência? Pode ser, mas as coisas ficaram ruins e até Cristóvão Borges está sendo criticado por substituições equivocadas, ponto fraco de todos os treinadores. Fred mostra dificuldades até para dominar a bola, Sobis oscila e até Conca teve ligeira queda. Pior é a defesa que vem sofrendo gols com facilidade, como no jogo em Salvador. A essa altura até para o G-4 a coisa está nebulosa.

Vôlei do Brasil com boas chances de título

Os resultados desta quinta-feira foram até bons para as pretensões do Brasil na reta final do Mundial. A França faz ótima e inesperada campanha, mas vai sentir o peso de uma semifinal e não tem a experiência brasileira. No embalo, as nossas chances são imensas. Do outro lado, a Polônia vai cortar um dobrado com a disciplinada seleção da Alemanha. Deve até passar, mas, em uma hipotética final contra o Brasil, a vantagem da torcida deve ser compensada pela enorme pressão e pelo desafio de ganhar novamente. Grandes emoções à vista.

Hora de esperar

O panorama cinematográfico anda parado, na expectativa do início, dia 25, do festival internacional com suas atrações em primeira mão. Até lá, o cinema brasileiro tenta a difícil tarefa de surpreender com raro filme de suspense, "Isolados", que traz Bruno Gagliasso como protagonista e José Wilker, recentemente falecido. Pode-se apostar em uma comédia romântica de aparente qualidade - "Mesmo se nada der certo" -, com a charmosa Keira Knightley e o versátil Mark Ruffalo.

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