Rio - Vasco e Botafogo fizeram um clássico sofrível no Maracanã e, na verdade, ninguém poderia esperar muito mais de dois times que vêm oscilando no campeonato e não inspiram confiança nos torcedores. O Vasco estava em evolução, parecia mais confiante no início e se impôs pelo meio-campo, apesar da fragilidade de Jhon Cley. Mas isso era compensado pela força ofensiva de Madson, que organizava os principais ataques.
O Botafogo ressentia-se dos desfalques, sofria com a omissão de Gegê e só se safava porque Willian Arão fazia grande partida. Mas o ataque não funcionava com a dupla Bill-Jobson excedendo-se em bobagens. Em ótimo lançamento de Madson, Gilberto abriu o marcador no finzinho da fase inicial. No segundo tempo, o Botafogo melhorou com Elvis no lugar de Gegê e logo empatou em cabeçada de Roger Carvalho. A partida equilibrou-se de vez porque, com tantos desfalques e substituições, os times seguraram o empate. Um resultado, na verdade, ruim para os dois e pior para o Vasco, que tem o saldo de gols mais baixo no G-4.
Jogo chato
Não se pode dizer que o amistoso do Brasil com o Chile foi desprezível ou inútil porque houve alguma exigência tática e, mais uma vez, a seleção de Dunga mostrou que evoluiu muito na marcação em relação à Copa. Mas que foi bem chato, foi. As muitas mudanças na escalação e o meio-campo reserva tiraram a criatividade do time e só houve alguns lampejos com a recomposição parcial na segunda fase e no belo lance do gol da vitória com o lançamento de Danilo para Firmino.
Oito vitórias
Não se pode negar que, depois da catástrofe no Mundial e sem fazer alterações radicais, Dunga conseguiu pôr ordem na casa e devolver ao time o padrão tático de antes. As vitórias significam alguma coisa porque enfrentamos a Argentina e seleções razoáveis, como a França e o Chile. Os 7 a 1 jamais se apagarão e aquele futebol de sonhos dorme no passado. Mas a Seleção se recompôs e continua como uma das melhores do mundo, talvez só abaixo de Alemanha e Argentina.
Líder natural
De mansinho, correndo um pouco por fora nesta reta de chegada, o Flamengo já atinge o topo com ar de quem pode conquistar com mérito a Taça GB. Vanderlei tem elenco variado, mexe à vontade e o time nem precisa se expor. Cirino vai se firmando como artilheiro e até houve espaço para o brilho de Paulo Victor contra o Bonsucesso no pênalti, fazendo esquecer aquela falha do jogo com o Botafogo. O time terá agora que mostrar as suas melhores armas no decisivo Fla-Flu.
Inesquecível
Ademir da Guia foi um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, dono de técnica fabulosa, imensa habilidade e visão de jogo privilegiada que o tornou um mestre nos lançamentos. Era um 10 clássico, elegante, o tipo de jogador que não existe mais e cujo último exemplar talvez tenha sido Zidane. Por isso, foi um prazer assisti-lo na Arena do Palmeiras, na despedida de outro craque, Alex. E Ademir ainda nos brindou com a cobrança perfeita de pênalti, com efeito.
Está quase tudo muito nivelado na Europa
Dois jogos pelas Eliminatórias Europeias no sábado mostraram que favoritos são quase uma coisa do passado. Em Sofia, a Itália penou para empatar com a Bulgária por 2 a 2 depois de sofrer uma virada. O time italiano está muito mal, uma sombra do que já foi. Pior foi a terceira do mundo, a Holanda, que, jogando em casa, só conseguiu empatar com a Turquia por 1 a 1 nos acréscimos. Os holandeses foram até melhores, mas esse resultado é um sinal de novos tempos.