Por fabio.klotz

Rio - Após as derrotas de Fluminense e Botafogo, sábado, e do péssimo empate do Vasco, no Maracanã, esperava-se que o Flamengo salvasse a honra do futebol carioca e recolocasse o time em boa posição na busca pelo G-4. Que nada! A rodada terminou sem sequer um golzinho de times do Rio. O Fla se nivelou à mediocridade e à correria da Ponte Preta, e, para quem tem Guerrero, Sheik e um time superior, esperava-se muito mais.

Guerrero passou em branco e viu o Flamengo perder para a Ponte PretaEstadão Conteúdo

O Fla teve domínio territorial, mas raramente ameaçou - houve lances de perigo desperdiçados por Sheik e Guerrero, que até acertou a trave. Depois do 0 a 0 no primeiro tempo, temeu-se pelo pior e a Ponte soube aproveitar o seu momento no gol confuso de Pablo na bola de escanteio. Guerrero decepcionou e ficou bem abaixo do que se esperava dele, até pelo terceiro cartão amarelo no fim. Aliás, o Flamengo continua dando mole e os jogadores andam aceitando tudo normalmente, como se o único objetivo fosse fugir do rebaixamento.

Derrota inoportuna e lamentável, com o treinador piorando o time no segundo tempo e jogadores-chave como Sheik e Guerrero sem capacidade de decisão. O empate até seria possível, mas o Flamengo flertou com a derrota e foi correspondido.

Apoio inútil

Como estava previsto, a torcida do Vasco foi em grande número ao Maracanã e proporcionou espetáculo emocionante - que o time não merecia. Ficou provado que, em condições climáticas boas, o horário é um sucesso e até deu confiança a uma torcida preocupada, que acreditou na magia do Maracanã. Mas como bem mostraram exemplos recentes (Flamengo x Santos) não basta a torcida imensa gritando nas cadeiras. Se não houver bom futebol, não há santo que dê jeito.

Nem o Joinville?

O torcedor deve estar se perguntando: se o Vasco jogando em casa, com o Maracanã cheio, não conseguiu vencer um dos piores times do Brasileiro, vai fazer o que no campeonato? Foi uma atuação terrível, com início desastroso, de muitas falhas na defesa, depois um domínio inconsequente com várias chances perdidas e uma fase final em que nenhuma solução apareceu. Além da defesa vulnerável, ninguém no ataque resolveu. Com culpa ou não, pode sobrar para Celso Roth.

Anticlímax

Após a boa estreia de Ronaldinho, a expectativa era de uma reação forte do Flu no Brasileiro. Mas a derrota para o Avaí deixou dúvidas sobre a capacidade de reação na briga pelo título. A ausência de Jean, Gerson e Fred sobrecarregou R-10, que, bem marcado, só apareceu em bolas paradas e raros lances. Como Cavalieri vacilou no gol do Avaí, ficou difícil. Dessa vez, Marcos Júnior não decidiu e a torcida sabe que confiar em Magno Alves ou Wellington Paulista é furada.

Um furacão nas águas chamado Katie Ledecky

A americana Katie Ledecky foi a grande sensação do Mundial de esportes aquáticos de Kazan não só por ganhar a inédita quinta medalha de ouro. Ela bateu o seu recorde mundial em mais de três segundos e terminou a prova de 800m livre mais de dez segundos antes da segunda colocada, Lauren Boyle. Certamente nunca houve na história da natação feminina fenômeno como esse. O Brasil melhorou, mas continua alguns patamares abaixo da elite mundial. Será impossível recuperar tanto tempo perdido em um ano.

Você pode gostar