Rio - Há poucas semanas, a estreia de Guerrero agitou o Flamengo com a perspectiva de ascensão rápida. Ela veio, com sobressaltos. O otimismo para chegar no G-4 dá lugar a um ponto de interrogação sobre as reais possibilidades do time e o técnico Cristóvão é contestado. Mas vamos com calma: há nivelamento no atual futebol brasileiro que aproxima todos e nem o líder Atlético-MG é grande favorito. Guerrero não é salvador da pátria. Perde gols, faz muitos e cria caso, mas é bom jogador. Sheik surpreende pela disposição. Mas o Fla precisa de mais qualidade na criação e a esperança é Ederson. A defesa tem falhas, mas qual é a defesa no Brasil segura? O treinador tem seus vacilos, mas qual o grande profissional disponível no mercado? Há alta exigência na Gávea, mas convém não exagerar.

CASA CHEIA
O Brasileiro, mesmo com deficiências, atrai bom público. Se forem considerados só os jogos matinais, estamos próximos da alta média europeia. Isso tem a ver com um equilíbrio na competição e com o hábito da nova motivação por vaga na Libertadores, no Z-4 e por aí vai. Os jogos às 11h comprovam que com segurança, horário familiar e promoções, há muito a conquistar.
PRESSA NO FLU
Há certa impaciência no Fluminense pelos resultados e a derrota para o Avaí foi mal digerida. O Tricolor até teve seus momentos, mas faltou maior determinação e, no fim, o time parecia aceitar a derrota. Mas se levarmos em conta a ausência de Fred, Jean, Gerson e do pouco tempo de Cícero, é possível prever boa melhora com eles. Sem marolas.
SEM ÂNIMO
A diretoria do Botafogo não se cansa de convocar a torcida para ir ao Nilton Santos com boas promoções. Mas é difícil obter êxito em um jogo terça à noite, contra o ABC, com o time caindo pelas tabelas. Ainda mais porque, nos recentes jogos em casa, com Luverdense e Criciúma, foi um horror. Ricardo Gomes parece perdido e repetir escalações de Diego Jardel e Otávio é tiro no pé.
PESADELO NO SUL
O Internacional vive dias tenebrosos. Após a queda no Brasileiro, a eliminação na Libertadores e a demissão polêmica de Diego Aguirre, levou de cinco do Grêmio — algo inaceitável para o mais paciente dos colorados. Pedras estão voando, há acusações, e a atual administração ficou acuada. O time não terá vida longa após o vexame histórico.