Por pedro.logato

Rio - O Grand Prix começa hoje, às 14h10, contra a Itália, na Arena Carioca 1, na Barra, para a seleção feminina de vôlei, mas tem um peso diferente para uma jogadora em especial. A levantadora Roberta quer provar ao técnico José Roberto Guimarães que pode estar no grupo olímpico. Ela foi chamada para o lugar que seria de Fabíola, que deu à luz a Annah Vitória e é dúvida para os Jogos.

Brasil vai a sua estreia pelo Grand PrixJoão Laet / Agência O Dia

“Já joguei com a Fabíola e não tem como torcer contra ela. Ela é uma pessoa tão boa, não tem como não gostar. Estou feliz que tudo (a gravidez) correu bem. Vai ser uma disputa sadia para ver quem está melhor. Ela retorna neste mês, devagarinho, dando tempo ao tempo, e tenho que seguir dando meu melhor . É legal colocar a pulguinha atras da orelha do Zé”, disse Roberta, tetracampeã da Superliga com o Rexona-Ades, que vê o Grand Prix como chance da sua vida:

“Não criei uma expectativa fora do padrão, mas estou preparada para luta. Tenho que vir para buscar meu espaço de qualquer jeito.”

INSPIRAÇÃO EM FERNANDA

Aos 26 anos, Roberta se inspira principalmente em duas jogadoras que fizeram história na Seleção.

“Sou muito fã da Walewska. No ano passado, brincando, até tirei uma foto com ela. Gostava de ver Mauricio e Fernanda Venturini e nem era levantadora na época”, disse Roberta.

"Pude jogar com ela (Fernanda Venturini) uma temporada, isso caiu do céu. Todo mundo falava que a Fernanda era oito ou oitenta. Ou ela gostava ou não. Fiquei preocupada. No primeiro dia já me agarrou, me tratou como filha e me manda mensagens, antes e depois do jogo, para elogiar ou puxar a orelha. Ficou essa relação gostosa. Quando joguei com ela vi que era um doce de pessoa e fico feliz de ter mantido a amizade”, completou a levantadora, que gostou da Arena onde o Brasil jogará hoje.

"Está tudo bem bonito. Queríamos conhecer todas pra ter aquele gostinho. O vestiário está ótimo. Ali dentro já sentimos um clima de chega logo", contou

Roberta espera estar no Maracanãzinho, palco do vôlei nos Jogos do Rio, e tenta se imaginar como seria jogar as Olimpíadas pela primeira vez, logo em casa.

"A gente pensa, mas não cai a ficha. Imagino como deva ser, nunca joguei uma Olimpíada, mas em casa deve dar um frio na barriga absurdo. Deve ser uma delicia ver que o ginásio esta lotado de brasileiros. Imagino, mas acho que na hora vai ser mil vezes mais gostoso", concluiu.  

Colaborou Renata Amaral

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