Por edsel.britto

Rio - Pela segunda vez a cidade de Brasília vai receber um evento do UFC e será no sábado, dia 24, no Ginásio Nilson Nelson. E a luta principal da noite será mais uma vez entre mulheres com a presença de uma brasileira, assim como foi o combate entre Bethe Correia e Ronda Rousey, no Rio, há pouco mais de um ano atrás. Desta vez, quem subirá ao octógono é Cris Cyborg que vai encarar a sueca Lina Lansberg. Uma das ring girl da entidade, Jhenny Andrade celebra a ascenção das mulheres dentro da organização.

"Em três anos fazendo parte da equipe, acompanhei todo o crescimento do MMA feminino, não só as lutadoras, mas o público feminino tem aumentado cada vez mais. Encontro muita mulher em eventos, em sessões de autógrafo. As mulheres estão entendendo, lutando, e se apaixonando pelo esporte. Hoje em uma aula de muay thai tem muito mais mulher que homem. Hoje você vê uma luta feminina em um main event do Brasil pela segunda vez, algo que ninguém imaginava anos atrás. As mulheres estão conquistando seu espaço e os homens estão respeitando", afirmou Jhenny.

Jhenny Andrade aposta em vitória rápida de Cris Cyborg em BrasíliaInovafoto / Divulgação

A primeira vez que duas mulheres protagonizaram um evento do UFC no Brasil foi em agosto do ano passado. A estrela mundial Ronda Rousey encarou a paraibana Beth Correa na luta principal do UFC 190, no Rio de Janeiro. Neste sábado, em Brasília, a estrela da noite é a curitibana Cris Cyborg, que passou por um clamor dos fãs por sua contratação, e depois de assinar o contrato vai para sua segunda luta em peso-casado (até 63,5kg), já que sua categoria, dos penas (até 65,8kg), não existe atualmente no UFC.

"A Cyborg é uma mulher que vem buscando seu espaço há muito tempo. Todo mundo torcia por ela no UFC. O público pedindo, todo mundo fazendo campanha. Ela veio e em Curitiba foi lindo, muito justa a vitória dela. Vejo na Cris uma mulher com muita garra, muito determinada, o que as vezes a gente não vê em um lutador só de olhar. A gente torce por ela de graça, não só pela pessoa que ela é, mas pela foça de vontade dela de ir lá e fazer o seu melhor”, afirma Jhenny, que aposta em uma vitória tranquila de Cyborg. “A Lina é uma pessoa super educada, mas eu acho que a Cris vai ganhar fácil".

Em 2016, o Ultimate reduziu significativamente o número de eventos no Brasil, com a explicação de fazer menos shows, mas produzir eventos maiores, com grandes lutas e maior repercussão. Até agora,  único evento que a franquia realizou no Brasil  foi o UFC 198, que levou pouco mais de 45 mil pessoas a Arena da Baixada. Uma estratégia que, segundo Jhenny, deu certo e as expectativas para o UFC deste sábado, em Brasília, continuam grandes.

"Tenho sentido o público com uma expectativa muito maior, a galera fica mais preocupada para garantir o ingresso também. Em Curitiba esgotou muito rápido, só na pesagem tivemos 17 mil pessoas. Sinto que as pessoas estão dando mais valor ao evento. Agora em Brasília também tem tudo para ser inesquecível. É muito bom poder ver tantos brasileiros, nosso país continua produzindo grandes talentos e o MMA continua crescendo. Esse evento é mais uma prova de que podemos fazer grandes eventos, ainda mais com uma mulher como a Cris na luta principal", encerra.

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