Por pedro.logato
Santa Catarina - Após muita espera dos familiares, neste sábado pela manhã será realizado o velório de 51 das 71 vítimas da tragédia ocorrida na Colômbia e que provocou a morte da maior parte da delegação da Chapecoense. O enterro deverá ocorrer no domingo, ainda sem horário definido. A celebração contará com a presença de nomes ilustres da política e do futebol.
Confirmaram presença no velório o presidente da República, Michel Temer, o técnico da seleção brasileira, Tite, e o presidente da Fifa, Gianni Infantino. Temer, entretanto, deve apenas participar de uma solenidade no aeroporto de Chapecó e não se dirigirá para a Arena Condá, local do velório. A diretoria da Chapecoense contou que ainda aguarda a confirmação de outros grandes nomes do futebol e artistas de todo o País.
Velório de 51 vítimas da tragédia será na Arena CondáEfe

A previsão inicial era de que o velório tivesse comece ao meio-dia desta sexta-feira, mas detalhes burocráticos retardaram a liberação dos corpos que estão na Colômbia. Os corpos deixarão a cidade de Medellín às 16 horas desta sexta e pousarão em Chapecó na madrugada de sexta para sábado. O voo deve durar cerca de 12 horas.

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"Pela informação que recebemos o funeral deve ser feito no sábado pela manhã e, enfim, poderemos acabar com todo esse sofrimento", disse o novo presidente do clube, Ivan Tozzo.
De acordo com o cronograma da Chapecoense, após os corpos chegarem na Arena Condá, os familiares das vítimas terão cerca de uma hora para a realização de uma cerimônia particular. Em seguida, todos terão acesso ao local. A organização espera receber cerca de 100 mil pessoas no estádio ao longo do velório.
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Por questões de segurança, ao contrário a ideia inicial, os organizadores vão evitar que os torcedores entrem no gramado do estádio. Assim, os fãs ficarão apenas nas arquibancadas e só quem terá acesso ao campo serão os jornalistas, que ficarão distante dos caixões, e amigos e familiares próximos, que poderão passar pelo local e ter maior proximidade com as urnas.
SEGURO - Após quatro horas de cerimonial, os corpos poderão ser liberados para as famílias levarem aos seus respectivos estados. Em Chapecó, devem ser enterradas 16 vítimas, em evento que possivelmente ocorrerá no sábado pela manhã.
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Paralelamente ao velório, a Chapecoense já trata dos trâmites burocráticos para os familiares receberem o seguro dos atletas. O valor será correspondente a um ano de salário do jogador, mais R$ 5 mil de auxílio funerário e o teto a ser pago é de R$ 1,2 milhão. Apenas Cleber Santana recebia salário acima de R$ 100 mil mensais.
A apólice também vale para casos de invalidez permanente total ou parcial. Casos, por exemplo, do goleiro Jackson Follmann, que perdeu a perna direita e corre o risco de amputar a esquerda.
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O zagueiro Neto e o lateral Alan Ruschel ainda não têm assegurado total recuperação. A reportagem do Estado conversou com familiares de algumas das vítimas e todos asseguraram que estão recebendo apoio total da Chapecoense.