No Rio de Janeiro, cerca de mil pessoas se reuniram no Maracanã, onde deram um abraço coletivo no estádio, com todo carinho e dor que os torcedores sentiram na semana passada por uma equipe que realizaria o sonho de disputar sua primeira final continental.
"Já chorei, já sorri. O importante é que eles estão no céu. Deus precisou de uma equipe de campeões e quis a Chapecoense", disse à Agência Efe Luis Piero, torcedor do Botafogo, esteve presente no ato em solidariedade as vítimas do acidente.
"Vamos, vamos, Chape" era o canto mais repetido pelos presentes, que não deixaram de lembrar dos 19 jogadores da equipe que morreram quando seguiam para Medellín onde disputariam a partida de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional-COL.
Deixando de lado as rivalidades por um dia, torcedores dos principais times da cidade deram uma volta ao Maracanã e fizeram um minuto de silêncio antes de darem um abraço simbólico em uma parte do estádio. "Foi uma tragédia que comoveu todo o mundo, principalmente no Brasil por ser uma equipe daqui. Foi uma tragédia horrível que parecia ser a minha equipe, minha família", disse Manuela, uma jovem estudante de educação física, torcedora do Vasco da Gama.
No mesmo horário que estava marcado o início do jogo - 21h45, de Brasília -, os torcedores presentes escutaram o apito inicial que marcou o começo simbólico da partida. A Chapecoense escolheu o Couto Pereira para disputar a decisão por não poder usar a Arena Condá, que não possui a capacidade exigida pela Conmebol para a decisão da Copa Sul-Americana.
Além disso, a Arena Condá também foi palco de mais uma homenagem aos seus "guerreiros", quando as luzes do estádio foram acesas, mas seus torcedores não tiveram acesso ao estádio. "Se trata de uma homenagem silenciosa, iniciativa do clube para eternizar essa que seria a partida mais importante da história da 'Chape'", afirmou o clube em comunicado divulgado em seu site.