Por pedro.logato

Alemanha - O zagueiro espanhol Marc Bartra, único jogador do Borussia Dortmund ferido no atentado de terça-feira, afirmou nesta sexta-feira ter vivido durante esse ataque "os 15 minutos mais duros e longos" de sua vida.

"A dor, o pânico e a incerteza de não saber o que estava acontecendo, nem por quanto tempo duraria...", escreveu o jogador em sua conta no Instagram, onde postou uma fotografia na qual aparece na cama do hospital onde continua internado, durante uma visita de sua esposa e sua filha.

Bartra fala da presença delas, que aparecem de costas - "a visita que me faz mais feliz", disse. "Elas são razão a para sempre superar os obstáculos", incluído o que foi o "pior momento" da vida.

O zagueiro Marc Bartra foi ferido sem gravidade no acidente com o ônibus do Borussia DortmundEfe

Apesar da comoção, o jogador afirmou que está se recuperando e somando "as vontades de viver, de jogar e de treinar" e de ver de novo as arquibancadas "cheias de gente que amam nossa profissão".

Bartra, que foi operado horas depois de atentado, afirmou que a única coisa que quer agora é que "vivamos todos em paz e deixemos as guerras", ao mesmo tempo que agradece as demonstrações de apoio recebido.

A zagueiro do Borussia Dortmund ficará afastado dos gramados por pelo menos quatro semanas, indicou ontem o técnico Thomas Tuchel, que na quarta-feira expressou seu mal estar pelo fato de que a partida da Liga de Campeões contra o Monaco acabou sendo disputada um dia após o ataque, com a equipe em estado de choque.

As autoridades alemãs mantêm abertas todas as vias de investigação, depois que a Procudoria Federal não encontrou vínculos entre o ataque e um iraquiano de 26 anos, na Alemanha desde 2015, que foi detido na quarta-feira.

A pista sobre um atentado jihadista se mantém, mas não está descartada uma autoria ultradireitista, como da esquerda radical ou inclusive de torcedores violentos.

Junto ao ônibus atacado foram encontrados três bilhestes com pedidos de que a Alemanha retirasse seus aviões da coligação internacional que combate na Síria e fechasse a base de Ramstein (sudoeste), a maior dos EUA na Europa.

Porém, vários especialistas em segurança e o próprio Ministério do Interior advertiram que nem a linguagem e nem a via de comunicação escolhida são os habituais do jihadismo.

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