São Paulo - O Palmeiras divulgou nesta quarta-feira o seu balanço auditado do exercício de 2016. As contas demonstraram evolução com um superávit de R$ 89,5 milhões no último ano, ante R$ 10,5 milhões do período de 2015. As cotas de patrocínio, a negociação de atletas e a premiação pelo título do Campeonato Brasileiro ajudaram nas finanças.
O maior salto na comparação entre 2016 e o ano anterior nos critérios analisados foi na negociação de jogadores, quesito em que o Palmeiras aumentou em mais de quatro vezes o faturamento. A venda do atacante Gabriel Jesus ao Manchester City, da Inglaterra, por exemplo, rendeu cerca de R$ 46 milhões dos R$ 51,3 milhões da receita - em 2015, o clube lucrou apenas R$ 12,5 milhões nesse segmento.
O balanço, revisado pela empresa GF Auditores Independentes, apresentou também, como conclusão, o aumento de 30% na cota de patrocínios de um ano para outro e de 7% no programa de sócio-torcedor.
A anunciante master da camisa do Palmeiras, a Crefisa, rendeu R$ 90 milhões no exercício anterior e vai contribuir com uma quantia ainda maior neste ano por ter renovado o contrato por mais duas temporadas.
A negociação concluída em 2016 para a transmissão de jogos do Brasileirão em TV fechada também contribuiu com as contas do clube. As conversas com o Esporte Interativo deram ao Palmeiras receita de R$ 128,2 milhões, ante R$ 88,4 milhões do período anterior. Apesar de o ganho com bilheteria ter diminuído, os resultados positivos em campo compensaram, pois o prêmio de campeão brasileiro rendeu recompensa não prevista de R$ 17,8 milhões.
O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, tem como meta zerar as dívidas do clube até o fim do mandato, em dezembro de 2018. Por isso, utiliza as receitas para quitar pendências com os credores, entre eles seu antecessor, Paulo Nobre, que emprestou ao clube R$ 146 milhões. Deste valor, R$ 81 milhões já foram pagos.