Estados Unidos - Um dia antes de abrir as finais da NBA diante do Golden State Warriors e lutar para estar no topo da liga mais uma vez, LeBron James teve outro motivo para se preocupar nesta quarta-feira. O astro do Cleveland Cavaliers foi vítima de um ataque racista, depois de ter sua casa na cidade de Los Angeles pichada com uma palavra comumente utilizada nos Estados Unidos para ofender as pessoas negras.
Por isso, em pleno "media day" das finais - dia em que todos os jogadores de ambas as equipes da decisão ficam disponíveis para entrevistas -, LeBron precisou responder sobre o racismo em seu país. "Não importa quanto dinheiro você tem, não importa quão famoso você é, não importa quantas pessoas te admiram. Ser negro nos Estados Unidos é difícil", disparou.
LeBron se mostrou consternado pelo episódio, mas não surpreso. "Isso serve para mostrar que o racismo sempre fará parte do mundo, parte dos EUA. Você sabe que o ódio nos EUA, principalmente com os negros, está vivo todo dia. Apesar de fazerem isso de forma oculta, você sabe que as pessoas vão esconder seus rostos e dizer coisas sobre você", considerou.
A polícia informou que a palavra em questão foi apagada antes que os oficiais chegassem ao local. Patricia Sandoval, porta-voz do Departamento de Polícia de Los Angeles, explicou que as câmeras de segurança da residência provavelmente filmaram os responsáveis pela pichação e que vai abrir inquérito por vandalismo e, possivelmente, crime de ódio.
LeBron não estava em casa no momento do ataque, afinal, está em Oakland para o início das finais da NBA. "Minha família está a salvo, estão em segurança e isto é o mais importante", disse.
LeBron também prometeu responder aos ataques na quadra e não deixar que o episódio o atrapalhe nas finais da NBA. Nesta quinta-feira, seu Cleveland Cavaliers disputa a primeira partida da série melhor de sete decisiva contra o Golden State Warriors, em Oakland. Esta é a terceira vez seguida que as equipes se enfrentam na decisão, com um triunfo para cada lado.