Inglaterra - O caso de um inglês que enfrentou três terroristas que tentavam conduzir um ataque na London Bridge ganhou o mundo. O grito de "F***-se vocês, eu sou Millwall!" tornou tudo ainda mais curioso e engrandeceu a história de Roy Larner, já que o clube londrino tem uma das torcidas mais violentas do mundo.
Roy Larner, de 47 anos, não se intimidou com as facas que portavam e resolveu enfrentar, de mãos limpas, os responsáveis pelo ataque vitimou sete mortos. A inspiração talvez tenham sido os hooligans do Millwall.
"Eles estavam armados com longas facas e começaram a gritar: 'Alá, Alá, Alá'. Depois, gritaram 'Islã, Islã, Islã'. E eu gritei de volta para eles. Dei alguns passos à frente e berrei: 'Danem-se vocês, eu sou Millwall! Foi aí que eles começaram a me atacar", conta o torcedor, que acabou sendo hospitalizado depois de ser esfaqueado.
Por conta do ato, considerado heroico, Larner ganhou o apelido de "Leão da London Bridge" e provavelmente orgulhou os Millwall Bushwackers, torcida organizada mais extremista do time, que amarga as divisões inferiores do Campeonato Inglês.
Sem nenhum título de grandes proporções, o Millwall é conhecido pela violência de sua torcida, que canta uma música com o lema "Ninguém gosta de nós e não nos importamos", acumulando números colossais em relação a ferimentos de policiais.
Em 2002, depois de o time não conseguir subir para a segunda divisão inglesa, fogos de artifício feriram 45 policiais. Na década de 1980, num confronto contra o Luton Town, pela Copa da Inglaterra, houve total destruição no estádio.
Dez mil torcedores do Millwall foram a Luton para assistir o jogo e, no fim, mais de 700 assentos haviam sido jogados no gramado, machucando mais de 80 pessoas, incluindo 33 policiais.
No fim, a rivalidade entre West Ham e Millwall, uma das mais temidas da Inglaterra, virou até filme, com a trilogia Hooligans, que retrata a vida de líderes das organizadas dos dois clubes.