Rio - A vida de Ronald Pereira sempre foi marcada por muitas quedas e golpes duros, literalmente. Integrante do programa 'Pânico na TV', o humorista agora segue em rotina parecida, mas nos octógonos do MMA, tentando sucesso no esporte.
Quase como um dublê, Ronald participava dos quadros 'O Fã' e 'Amy Winehouse', participando de desafios um tanto quanto perigosos, como ele próprio define, sob a batuta de Emílio Surita.
"Eu gostava muito de gravar o Pânico. Eu era completamente louco. Não tinha medo e achava que eu nunca iria me machucar. O Emilio [Surita] falava para mim: ‘Ronald, se joga ali’. E eu me jogava. Aí ele pedia: ‘agora se joga para lá. E eu fazia tudo. Eu sempre atendi tudo que pediam", afirmou o lutador, em entrevista ao 'UOL'.
A saída do programa aconteceu em 2011, quando Ronald sofreu uma lesão na coluna cervical durante uma gravação. Revelando mágoa com os ex-colegas, o lutador afirma que correu risco de ficar paraplégico.
"Quando eu tive essa lesão na vértebra e viram que eu precisaria de ajuda financeira para o tratamento, o pessoal do Pânico e a emissora se afastaram de mim. Eu dava muita audiência para o Pânico, mas ninguém veio me procurar para saber como eu estava. Fiquei dois anos me locomovendo com andador e chorava de dor. O médico me disse que eu não voltaria a ter uma vida normal e que eu quase fiquei paraplégico. Eu gastava R$ 3 mil por mês só em medicação", conta o atleta.
Em 2014, o humorista resolveu se dedicar ao MMA, como forma de se reabilitar fisicamente. Com experiência no jiu-jitsu, passou a lutar como amador, vencendo três de seus combates.
A boa fase rendeu um convite para treinar na academia de Demian Maia e Fabio Maldonado, lutadores brasileiros do UFC. Aualmente, ele também dá aula de artes marciais.