Rio - Dois técnicos badalados, com preocupações diferentes neste Brasileiro e pressionados por resultados têm o clássico de nesta quinta-feira, às 17h, no Maracanã, como um divisor de águas em seus trabalhos. Reinaldo Rueda ainda tenta fazer com que o Flamengo apresente mais do que tem mostrado, enquanto Abel Braga tem a difícil missão de tirar o Fluminense da luta contra o rebaixamento.
Após início promissor, Reinaldo Rueda já começa a ouvir contestações. Ao chegar com status de campeão da Libertadores, o colombiano conseguiu dar um padrão ao time, que não levou gol nos quatro primeiros jogos. Entretanto, a evolução esperada não aconteceu. Depois do vice na Copa do Brasil, ele viu o Flamengo cair para o sétimo lugar no Brasileiro.
Em seu primeiro Fla-Flu, Rueda trabalha para fazer o Flamengo ter uma apresentação condizente com o alto investimento no elenco. "É a mesma cobrança. Estamos em uma posição que não é a ideal. Vamos enfrentar um rival que historicamente faz bons clássicos. Do ponto de vista psicológico, temos de assimilar o resultado do clássico", afirmou o colombiano.
Do outro lado, a situação de Abel Braga é mais complicada. Sem vencer há cinco rodadas, o Fluminense entrou de vez na luta contra o rebaixamento e sofre com a pressão. Protesto de torcida, reunião com organizadas e crise financeira são problemas que ele precisa gerir, além de trabalhar com um grupo muito jovem (ao contrário do rival, cheio de medalhões).
"É complicado para os dois. O Flamengo não entrará no G-6 só por causa desse jogo, assim como o Fluminense não vai fugir do rebaixamento. Também não dá para dizer que vamos cair se perdermos. Faltam 12 jogos. Agora, não resta dúvida, precisamos sair o mais rápido possível", analisou Abelão, que não terá Henrique e Wellington e tenta a primeira vitória em Fla-Flus no ano.