Por Ana Carla Gomes e Marcelo Bertoldo

Teresópolis - A Seleção feminina de futebol tem a tecnologia como aliada na busca por uma vaga na Copa do Mundo de 2019, na França, e na Olimpíada de 2020, em Tóquio, durante a disputa da Copa América, de 4 a 22 de abril, no Chile. A pedido do técnico Vadão, o analista de desempenho Ricardo Pombo usa um drone para filmar os treinamentos da equipe brasileira, com o objetivo de corrigir o posicionamento e aprimorar a parte tática. A CBF TV cedeu imagens do drone, mas apenas do trabalho técnico.

"Análise de desempenho depende de um planejamento do treinador, aquilo que ele tem como conceito e quer desenvolver na equipe. O uso da tecnologia apenas facilita registrar e recolher alguns dados do treino e do jogo. Os drones nos facilitam bastante quando a gente faz trabalhos conceituais, que visualiza tanto a expansão da equipe e a amplitude, quanto a compactação, as jogadas que foram planejadas pelo treinador", explica Ricardo Pombo.

A comissão técnica já sente o resultado positivo do uso do drone. Na Seleção, é feito uso de um aplicativo para enviar as imagens diretamente para as jogadoras, facilitando o trabalho de Vadão. "Sempre quando termina o treino, as atletas já têm um aplicativo que elas recebem todo o treinamento e algumas orientações e até algumas partes que são necessárias explorar com elas, tanto positivamente quanto de correção. O uso da tecnologia facilita dessa forma. Em tempo real, a gente já consegue coletar os dados que precisa transferir, fazer estatísticas se for necessário e já transferir para elas. E elas mesmo já podem dar um feedback dentro do aplicativo, solicitar alguma dúvida que tenha com o treinador, comigo ou com os auxiliares", afirma Ricardo.

O uso da tecnologia foi aprovado pelas jogadoras e até a Seleção masculina já faz uso dela. O ponto positivo é a comunicação fora das quatro linhas durante as reuniões e preleções. "Geralmente quando a gente vai para um outro treino ou uma reunião elas já viram o vídeo e os lances que serão discutidos. Surgem outras dúvidas que, muitas vezes, a gente não conseguiu observar, que elas observaram e acabam nos alertando. Como eu costumo falar, a análise é feita por vários olhos, não só o do analista. São de todos nós e dos atletas juntos", completa Ricardo, em sua segunda passagem na Seleção feminina.

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