São Paulo - Quando se trata de seleções brasileiras do passado, Tite, o técnico, gostaria de ter dirigido o time tricampeão mundial em 1970. Tite, o jogador, queria ter integrado a equipe que encantou o mundo em 1982.
Ele explica por quê: "Eu queria jogar com aquelas feras de 82, para ver se acompanhava o raciocínio deles. Se conseguisse, era porque eu era bom, pelo menos de cabeça, inteligência".
Tite reconhece que como atleta não teria lugar naquele time. "Eu não tinha força, a habilidade, a mobilidade de um grande atleta. Mas eu queria ver se acompanhava a velocidade de raciocínio de Zico, Falcão, Cerezo e de Sócrates."
Cerezo não lembra de ter visto Tite jogar (o treinador da seleção encerrou a carreira aos 28 anos, por causa de lesões nos joelhos), mas dá a entender que ele não teria lugar naquela seleção de Telê Santana. "Seleção é momento e naquele tempo estavam lá os melhores", disse.
Batista, que também fez parte daquela seleção e era volante como Tite, é mais complacente. Ele acredita que, intelectualmente, o hoje treinador da seleção poderia acompanhar aquela turma de 1982. "Percepção e inteligência contam muito no futebol. E Tite tem essas características."