Pablo Dyego, marcado por Paniagua, foi o que mais correu na altitude de Potosí - AFP
Pablo Dyego, marcado por Paniagua, foi o que mais correu na altitude de PotosíAFP
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A 4.067 metros acima do nível do mar, sob uma temperatura de 7 graus, o Fluminense teve de fazer jus ao apelido de Time de Guerreiros diante do Nacional Potosí para garantir a classificação à segunda fase da Copa Sul-Americana. A derrota de 2 a 0, com pitada de sofrimento, não acabou com o sonho tricolor, já que no Maracanã o time venceu por 3 a 0. O próximo adversário será conhecido depois de sorteio a ser realizado no dia 4 de junho, na sede da Conmebol, no Paraguai.

"Ano passado tivemos uma experiência em Quito, mas aqui é vinte vezes pior, ainda mais com esse campo. Você puxa e o ar não vem", disse o goleiro Júlio César. "Em toda minha carreira de jogador, eu nunca vi um campo tão ruim desses. É tão ruim que nem precisava de altitude para atrapalhar a gente", afirmou o zagueiro Gum, visivelmente sem fôlego ao fim do jogo.

A altitude fez a primeira vítima antes mesmo de a bola rolar. Marcos Junior passou mal e acabou vetado pelo departamento médico e deu lugar a Pablo Dyego no ataque. O ar rarefeito, que dificulta a respiração e dá mais velocidade à bola, fez da caminhada tricolor um martírio. Na etapa inicial, levou uma bola na trave e contou com duas grandes defesas de Júlio César.

Na volta do intervalo, em que todos os jogadores do Fluminense precisaram respirar com o auxílio de balão de oxigênio , Abel tirou Ayrton Lucas, exausto, e colocou Marlon. O substituto na lateral esquerda, porém, foi quem deu bobeira e deixou Reina livre para fazer o gol do Nacional, aos cinco minutos. Aos 15, pênalti para os bolivianos, e Reina sufocou de vez o Fluminense.

Atrás no placar, o time acordou e passou a criar as melhores chances, bloqueando um pouco o Nacional em seu campo. O árbitro ainda ampliou o sofrimento tricolor com seis minutos de acréscimo. Ao apito final, os guerreiros desabaram, arfantes, porém, classificados.

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