Ou seja, apenas no quinto set eles jogaram 50 games (em Wimbledon o quinto set é decidido sem tie-break).
Com o suado triunfo sobre Nadal, líder do ranking mundial que entrou em quadra neste sábado em desvantagem de 2 sets a 1 após o confronto ser paralisado logo após o término da terceira parcial, Djokovic avançou para jogar pela quinta vez em sua carreira uma final de Wimbledon, onde ele se sagrou campeão em 2011, 2014 e 2015 e foi derrotado na decisão de 2013, quando caiu diante do britânico Andy Murray.
O tenista de Belgrado, ex-número 1 do mundo que hoje ocupa a 21ª posição do ranking mundial, também não avançava à final de um Grand Slam desde 2016, quando perdeu para o suíço Stan Wawrinka na decisão do US Open, em Nova York. De lá para cá, o sérvio sofreu com lesões, sendo que uma delas, no cotovelo, o deixou de fora de toda a segunda metade da temporada de 2017.
A decisão entre Djokovic e Anderson está marcada para começar às 10 horas (de Brasília) deste domingo, quando o sérvio também buscará o seu 13º troféu de um Grand Slam. O sul-africano vive melhor fase no circuito e ocupa a oitava posição da ATP, mas perdeu cinco dos seis jogos que fez com o rival até hoje, sendo que dois destes confrontos ocorreram em Wimbledon, em 2011 e 2015. Anderson só ganhou o primeiro duelo entre os dois, em 2008, no Masters Series de Miami (hoje chamado de Masters 1000)
O JOGO - Na parte deste duelo contra Nadal que foi disputado na sexta-feira, o sérvio manteve as fortes devoluções que exibiu desde o começo da competição, enquanto o espanhol demonstrou melhor aproveitamento do que de costume no saque. Ambos se destacaram nas cruzadas e em longas disputas de bola. Djokovic se adaptou melhor às condições e largou em vantagem ao vencer o primeiro set em 47 minutos.
A segunda parcial foi mais equilibrada. Nadal começou mais lento, mas o sérvio não aproveitou suas oportunidades. Na sequência, o espanhol foi mais eficiente ao capitalizar as oportunidades de quebra, venceu o set e igualou o placar.
O terceiro set foi o mais equilibrado do confronto. O sérvio e o espanhol alternavam grandes momentos, entre jogadas bem trabalhadas do fundo de quadra, variações e persistência. Sem qualquer chance de quebra para ambos os lados, o confronto foi decidido no tie-break, e Djokovic levou a melhor.
Já neste sábado, o sérvio mostrou a mesma agressividade e atacou o saque de Nadal desde o primeiro game, em que teve três break points. Nadal não só se recuperou, como quebrou o serviço do adversário na sequência. Djokovic ainda devolveu, mas o espanhol voltou a aproveitar um break point para assumir a frente, fechar o set e deixar tudo igual.
Os altos e baixos cessaram aí, e o que se viu no quinto set foi uma partida de alto nível e poucos erros. A primeira grande chance de quebra veio no oitavo game, em que Nadal fez "milagre" para evitar que Djokovic saltasse à frente após ficar em desvantagem de 0/40. Na sequência, no 15º game, foi Nadal quem teve dois break points, antes de permitir a reação do adversário, que se salvou e confirmou o saque.
No 16º game deste set, Nadal sacava em desvantagem de 8/7 e Djokovic teve um match point em 30/40, mas o espanhol exibiu coragem ao fazer um ponto com uma bela deixadinha e depois confirmou o serviço para empatar em 8/8.
Na sequência, porém, o sérvio fez 9/8 com o saque na mão e depois conquistou quatro pontos seguidos no serviço do espanhol para fazer 10/8 e liquidar o confronto. Foi a 27ª vitória de Djokovic em 52 jogos com Nadal, que almejava empatar o retrospecto e consequentemente buscar seu terceiro troféu de Wimbledon, onde foi campeão em 2008 e 2010. Porém, não teve sucesso diante do seu velho conhecido no circuito profissional.