Alemanha - Özil anunciou neste domingo a sua aposentadoria da seleção alemã por questões políticas e está sendo alvo de críticas. Insatisfeito com a atuação do jogador nos últimos anos, o presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, desaprovou o meia em entrevista ao jornal 'Sport Bild'.
"Estou feliz por isso ter acabado. Ele não joga m*** nenhuma há anos. Ele não ganha uma dividida desde antes da Copa de 2014. Agora ele e sua performance de m*** estão escondidas atrás dessa foto", disse Hoeness.
Relembrando o confronto entre Bayern e Arsenal pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, em que os alemães venceram por 5 a 1, o presidente já não considerava Özil um jogador apto a atuar pela seleção.
"Quando jogamos com o Arsenal, jogamos em cima dele porque sabíamos que era o ponto fraco do time. O desenvolvimento do nosso país é uma catástrofe. Você precisa voltar para o que isso é: esporte. Do ponto de vista esportivo, Özil não tem espaço na seleção há anos", confessou.
Contudo, Özil também recebeu mensagens de apoio. O colega de equipe Héctor Bellerín, do Arsenal, defendeu o camisa 10 da Alemanha.
"Surreal ver alguém que fez tanto pelo seu país, dentro e fora de campo, ser tratado com tanto desrespeito. Muito bem, Özil, por se posicionar contra esse comportamento", escreveu o companheiro de Arsenal.
O imbróglio entre Özil e a Federação Alemã teve início quando o meia posou para uma foto ao lado de Ilkay Gündogan, também da seleção alemã, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, no dia 13 de maio em Londres. O jogador afirmou que não quis alimentar a situação antes da Copa do Mundo, mas agora se sentiu que deveria demonstrar o seu descontentamento com o tratamento que vem recebendo.
"Quando dirigentes do alto escalão da DFB me tratam como eles fizeram, desrespeitando minhas origens turcas e egoisticamente me transformando em propaganda política, então chega. Não é para isso que eu jogo futebol, e eu não vou sentar e não fazer nada a respeito. Racismo não deveria nunca ser aceito", escreveu Özil.
O camisa 10 da Alemanha possui descendência turca e se sentia discriminado pela entidade por ser a favor da imigração e ao multiculturalismo.