José Aldo teve que suar a camisa para bater o peso dos galos: 61 quilos - Luciano Belford
José Aldo teve que suar a camisa para bater o peso dos galos: 61 quilosLuciano Belford
Por Jessyca Damaso

Em busca de novos desafios e sonhando com um título inédito, José Aldo está pronto para estrear no peso galo (61 kg) diante do compatriota Marlon Moraes, neste sábado, no UFC 245, em Las Vegas. Ao longo de sua preparação para o confronto, a aparência física do lutador ficou bastante em evidência, gerando diversos debates entre o público e alguns atletas do Ultimate. Muitos se mostraram preocupados e chegaram até duvidar da capacidade do ex-campeão dos penas de conseguir bater o peso exigido. Entretanto, o manauara se diz animado e confiante para ver como vai se sair na nova divisão.

"Não me importa (a repercussão). O que me importa é o José Aldo, o resto é o resto. Todo mundo estava acostumado a me ver de uma maneira e agora mudou, mas só os verdadeiros campeões sabem. Nunca fiz uma dieta, todo mundo está se assustando comigo aqui por conta do peso. Quando falo o peso que eu estou, ninguém acredita pelo fato que, no peso pena, eu batia com dificuldade. Mas, pra mim é fácil. Minha cabeça está pronta pra isso", ressaltou Aldo.

Aldo e Marlon foram companheiros de equipe na academia 'Nova União' por um breve período de tempo. Para o manauara, o fato de o adversário já ser um velho conhecido ajuda na hora de montar as estratégias para o embate.

"Vai ser uma grande luta. Nós dois somos agressivos e a minha ansiedade gira entorno disso, de ver como vou me sair na noite. A estratégia a gente monta em cima disso. Ele é um cara já conhecido, é um cara que temos uma aproximação, então já conhecemos o estilo. Isso ajuda bastante. Ele tem vários pontos fortes, os chutes dele são bons, mas acho que estamos bem treinados, vamos neutralizar tudo e vamos vencer", comentou José Aldo.

Os chutes baixos de Aldo sempre foram características marcantes do seu estilo de luta. Porém, ao longo da carreira, isso foi se modificando.

"Tudo depende do adversário. Se eu pudesse dar um chute e acabar a luta, é o que eu queria. Naquele tempo (início da trajetória no UFC) a gente vinha voando, chutando, mas a gente ainda estava chegando. A partir do momento que você vira o campeão, você vira um alvo, muda totalmente. Os adversários estudam bastante, não te deixam aplicar os seus melhores golpes. Acho que tudo faz parte. É uma estratégia, é um xadrez em que você tem que tomar decisões rápidas e às vezes eu não consigo encaixar os chutes. O que eu mais treino é isso, só que na luta não sai porque os caras não deixam também", explicou o Campeão do Povo, como é conhecido.

O combate com Marlon, número 1 do ranking do UFC, pode ser o pontapé inicial para uma eventual disputa de título com o atual campeão da categoria, Henry Cejudo. O evento ainda contará com três disputas de cinturão. Uma delas tem a brasileira Amanda Nunes defendendo o título dos galos contra a holandesa Germaine de Randamie.

 

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