Werdum diz que o coronavírus mudou o mundo de maneira inimaginável. 'Mas é o nosso trabalho e todo o cuidado está sendo tomado' - reprodução instagram
Werdum diz que o coronavírus mudou o mundo de maneira inimaginável. 'Mas é o nosso trabalho e todo o cuidado está sendo tomado'reprodução instagram
Por MARCELO BERTOLDO

Enquanto o mundo científico busca respostas para derrotar um inimigo em comum, invisível e letal, o UFC 249 reabre o calendário hoje, em Jacksonville, Flórida (EUA), com dois cinturões em disputa. Em meio à pandemia do novo coronavírus, o evento, de portões fechados, tem a volta ao octógono do brasileiro Fabrício Werdum, ex-campeão dos pesos-pesados, como uma das atrações. Após cumprir dois anos de suspensão, ele enfrentará o russo Alexey Oleiniko, 'faminto' e adaptado à nova realidade. 

"Nesse período, trabalhei como comentarista, participei de seminários, filme. Tive tempo para curtir a família. Apesar do lado ruim do afastamento, coisas boas aconteceram. E agora estou de volta, preparado. Muitos queriam estar lutando. O coronavírus mudou o mundo de uma maneira inimaginável. Mas é o nosso trabalho e todo o cuidado está sendo tomado", disse Werdum.

Depois de dois meses de paralisação, o UFC aumentou a rigidez do protocolo de segurança para evitar o risco de contágio. Todos os lutadores foram submetidos ao teste da covid-19. As salas de treinos são individuais, assim como os carros que levam os atletas do hotel para o local do evento. Máscaras e luvas foram os acessórios que muitos lutadores exibiram na pesagem de ontem, caso do capixaba Ronaldo Jacaré (peso-médio), que posou com os novos adereços na tradicional encarada com o adversário Uriah Hall, da Jamaica. A nova realidade, mudou a rotina de preparação dos lutadores. Werdum escolheu a montanha de Big Bear Lake, na Califórnia, para acelerar os ganhos físicos. Numa altitude acima de 2 mil metros, contou com o auxílio da tecnologia para treinar. A distância, foi monitorado por Rafael Cordeiro e Charles Cobrinha em vídeo chamadas. O irmão, Felipe Werdum, foi o sparring.

Jacaré adaptou sua casa na Flórida para treinar. "Trouxe um treinador (Josuel Distak) e um parceiro de treinos (Rafael Lima). Eles ficaram de quarentena comigo e não corremos risco. Estava na expectativa de lutar em abril. Como surgiu essa nova data, não pensei duas vezes", afirmou Jacaré.

Terceiro brasileiro escalado, Vicente Luque foi o único que deixou o país rumo à Flórida. Ele, que enfrenta o americano Niki Price (peso-meio-médio), tomou uma série de cuidados no trajeto e não teme a volta do calendário: "Não tive receio. O UFC desenvolveu um protocolo. Seremos testados algumas vezes e a equipe médica nos acompanhará. Está tudo muito bem organizado".

 

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