Ganso mostra habilidade para fugir da marcação de dois adversários - fotos: Luciano Belford
Ganso mostra habilidade para fugir da marcação de dois adversáriosfotos: Luciano Belford
Por ALYSSON CARDINALI
A atuação não foi das melhores, mas os gols de Nenê e os 2 a 1 sobre o Corinthians, ontem, no Maracanã, serviram para reabilitar o Fluminense no Campeonato Brasileiro, após três rodadas sem vitória. O resultado, porém, não ajudou a alavancar o Tricolor na tabela de classificação - o time segue em oitavo lugar - e ainda mostrou que a dependência dos lampejos de seus melhores jogadores será insuficiente na busca por desempenhos dignos de nota.
Para um Fluminense pressionado pelos tropeços recentes e que precisava vencer e convencer, o gol de Nenê, logo aos 7 minutos, trouxe mais tranquilidade. O Tricolor realmente começou melhor e, antes mesmo de o camisa 77 chutar duas vezes na pequena área para mandar a bola no canto de Cássio, já dominava o Corinthians.
Prova disso se viu na posse de bola: 80% para a equipe de Odair Hellmann nos primeiros 20 minutos. No entanto, com o passar do tempo, o Fluminense se acomodou com a vantagem no placar. Foi a deixa para o Corinthians, que já mandara uma bola no travessão, com Otero, aos 19, ir à frente.
Com Everaldo na vaga de Ederson, o time paulista mudou seu esquema tático, ficou mais ofensivo e conseguiu equilibrar as ações. Recuado, o Fluminense, que ainda perdeu a segurança de Digão, lesionado, deu campo para o adversário. Otero, aos 37, obrigou Muriel a fazer difícil defesa. O Fluminense só voltou a dar o ar da graça no ataque aos 48, em cabeçada de Danilo Barcelos que Cássio teve que mostrar serviço.
O segundo tempo começou na mesma toada dos primeiros 45 minutos: com o Fluminense melhor, pressionando, mas de forma desordenada. A diferença é que ninguém balançou a rede logo de cara. O bom futebol, aliás, pareceu ter ficado nos vestiários. Na base da transpiração, sem a mínima inspiração, as duas equipes brigavam pela posse de bola, mas eram pouco efetivas no ataque. Lances de emoção? Artigo de luxo em um Maracanã vazio.
Sem Fred, com covid-19, e Evanilson, vendido para o Porto, o Fluminense padeceu com a ausência de um camisa 9 de ofício. Suas jogadas ofensivas invariavelmente eram abafadas pelo Corinthians, que, por sua vez, pouco ameaçou a meta de Muriel. Apesar da pouca eficiência em campo, coube a Nenê sacramentar a vitória tricolor, de pênalti, aos 43, após a bola bater no braço de Bruno Méndez. Mateus Vital ainda descontou, aos 49, mas, graças ao seu artilheiro, o Tricolor voltou a vencer. Já a convencer...