"Tem outras personalidades que criam outros personagens em cima de outras estratégias de comunicação. Essa, que especialmente a Ana Paula usa hoje em dia, passou de todos os limites, dentro de uma estratégia de comunicação, de uma ideologia. E, muitas vezes, passa por cima de uma série de coisas. Hoje, sou uma observadora. Desde que a coisa perdeu um pouco o tom, percebi que não adianta bater boca na rede social porque ninguém está prestando atenção a não ser nas próprias bolhas", afirmou.
"Na verdade, ela fala para muito mais gente. Só ver o número de seguidores, ela chegou em um outro ponto. Essa estratégia de comunicação é clara. O que eu falo é que não adianta argumentar, tem muita pegadinha, parece que você precisa estar sempre reagindo a alguma coisa. Ela fala absurdos, e a gente tem que reagir em cima. Eu acho que não adianta ser reativo, só alimenta o outro lado. São tiros e porradas para todo lado, causando a distração para as coisas importantes que estão nas entrelinhas, debaixo do pano. Nesse processo de uma crise que vem de vários anos, perdendo o muito de nossa riqueza e nossa autonomia", concluiu.
Em outro ponto de debate, Moser relembrou o caso em que a atleta de vôlei de praia Carol Solberg gritou 'Fora, Bolsonaro', ao vivo, no 'SporTV' e analisou a situação a qual a atleta foi submetida - ela chegou a sofrer represarias da CBV por causa de um possível descumprimento contratual por ter se posicionado politicamente.
"A participação dos atletas (em posicionamentos sócio-políticos) é importante para várias causas. Símbolos como a Carol Solberg são importantes. A discussão, mais do que se podia ou não falar, era porque tinha um contrato de ética, que obrigava certas coisas. Na verdade, se os não assinassem, não jogam, não existe. Discussão que não faz sentido. A discussão é esse código de ética e a participação dos atletas. E você tem o amadurecimento da participação dos atletas, cada vez melhor e em atletas em atividade".