São Paulo - Enquanto a filha, Carol Portaluppi, o aguarda na Praia de Ipanema, Renato Gaúcho ainda saboreia a classificação do Grêmio para a final da Copa do Brasil, a quarta no currículo como treinador. Com a vitória em Porto Alegre, por 1 a 0, o Tricolor Gaúcho segurou o empate, em 0 a 0, foi suficiente para selar a vaga e, de antemão, garantir a premiação de R$ 22 milhões. A eficácia da estratégia que freou o líder do Campeonato Brasileiro deixou Renato orgulhoso e indiferente a maior posse de bola do adversário, comparada à uma tática fracassada na arte da paquera.
"Minha equipe é objetiva para buscar o gol. Não adianta ficar tocando a bola dentro do próprio campo. Quando meu time tem a bola, é agressivo. A mim, não interessa ter 70% de posse. Vou te contar uma historinha sobre posse de bola. Teve um cara que pegou uma mulher bonita e levou ela para jantar, a luz de velas e conversou bastante. Saiu do restaurante, foi à boate e ficou até às 5h da manhã com ela. Gastou uma saliva monstruosa. Aí, na boate, chegou um amigo meu, conversou com ela 15 minutos e levou ela para o motel. Entendeu? Se não entendeu outra hora eu explico. Meu amigo ganhou o jogo. Feliz Ano Novo", comparou Renato, que avançou na avaliação tática para justificar a classificação do Grêmio.
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"Usamos o regulamento debaixo do braço na hora certa. As melhores oportunidades no primeiro tempo foram do Grêmio. O jogo foi bom. Tínhamos que anular as jogadas do São Paulo, principalmente com o Daniel Alves. Não demos espaço e no segundo tempo, lá pela metade, a gente sabia que eles iam começar a alçar bola na área e treinamos isso com três zagueiros. Soubemos sofrer e vai da estratégia. Aí sim é saber sofrer no final. Enfrentamos uma grande equipe e não é por nada que o São Paulo é líder do Brasileiro", avaliou o treinador.
Pentacampeão da Copa do Brasil, o Grêmio terá o Palmeiras, que venceu o América-MG, por 2 a 0, em Belo Horizonte, como adversário na decisão. Depois da classificação, todo o elenco ganhou quatro dias de folga, merecidamente. Gaúcho com alma carioca, Renato passará o Réveillon com a família e amigos no Rio. O brinde, no entanto, não será com champanhe, mas, sim, com o tradicional chope.
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"Vou tomar chope porque champanhe é muito cara. Vou tomar chope, curtir minha família e meus amigos, já pedi licença ao presidente. Está todo mundo cansado, estávamos em três competições, vivemos dentro de avião e hotel. Merecido o grupo ter os dias de folga. Apesar de esse ano triste para o mundo todo, a gente podia dar a alegria para o nosso torcedor como demos", disse Renato.
