Presidido por Paulo Wanderley, o COB divulgou uma nota para esclarecer o andamento do processo
 - Miriam Jeske/COB
Presidido por Paulo Wanderley, o COB divulgou uma nota para esclarecer o andamento do processo Miriam Jeske/COB
Por O Dia
Rio - A Justiça bloqueou R$ 24,6 milhões na conta do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Segundo a Folha de São Paulo, a ação é fruto da condenação da entidade por improbidade administrativa na contratação de uma empresa para a realização da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Em nota oficial, o COB se posicionou sobre o desdobramento do caso e apontou a prefeitura do Rio como responsável pelo custo do evento.

"Como é de conhecimento público, a obrigação de realizar o evento - e portanto arcar com seu custo - era do município do Rio de Janeiro. O COB não teve nenhuma ingerência sobre a operação dos Jogos Pan-Americanos e não pode ser responsabilizado por tais despesas. A entidade já recorreu da decisão em primeira instância e tem plena convicção que a Justiça reconhecerá que não temos nenhuma relação com a contratação e com o pagamento da referida empresa", diz a nota.

O COB já recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª região com pedido de liminar. O despacho, realizado no dia 4 de fevereiro, foi avaliado pelo desembargador Poul Erik Dyrlund, que não acatou o recurso e manteve o bloqueio das contas bancárias e a indisponibilidade de bens da entidade. O mérito ainda não foi julgado pelo TRF-2. A ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) tramita na 8ª Vara Federal do município desde 2013.

Agnelo Queiroz e Orlando Silva, dois ex-ministros do esporte, Ricardo Leyser, representante da União no Comitê dos Jogos, Leonardo Gryner, diretor de cerimônias, Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do COB e do Comitê Organizador, além da empresa WA & Tranze Eventos Promoções e Publicidade, tiveram as contas bloqueadas no mesmo valor.