A repercussão da criação da Superliga de clubes gerou críticas e protestos por toda a Europa ao longo do dia
A repercussão da criação da Superliga de clubes gerou críticas e protestos por toda a Europa ao longo do diaAFP
Por Estadão
Rio - O presidente da LaLiga (empresa que organiza o Campeonato Espanhol), Javier Tebas, considerou nesta quinta-feira que o "conceito da Superliga Europeia caiu no ridículo", depois de a maioria dos clubes fundadores ter anunciado o abandono do projeto. Ele rebateu as afirmações de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, que disse há dias que a criação da Superliga surgiu devido a um "momento crítico" do futebol.
A declaração de Tebas se deu em uma reunião com 39 times envolvidos nas duas principais divisões do torneio nacional - a conferência excluiu dirigentes de Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid, justamente os três que aderiram ao projeto da Superliga. O último desistiu na última quarta-feira, três dias depois do anúncio da criação da competição.
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"A Superliga se desfez como açúcar em 48 horas. A Superliga caiu no ridículo, não sei se os clubes também, mas o conceito sim. Ficou demonstrada uma ignorância completa dos líderes sobre o que é a indústria do futebol, e sobre os torcedores, não só na Espanha", disse Tebas, garantindo que já há algum tempo o tinham alertado para a possível reação dos fãs ingleses.
O líder da LaLiga considerou que a falha do projeto da Superliga não é uma vitória pessoal, mas sim do futebol europeu. "Quem ganhou esta batalha foi o futebol, espanhol e europeu. Isto não era uma batalha contra ninguém. A criação de uma Superliga era perigosíssima para a estabilidade do futebol europeu e logo do futebol espanhol. A batalha foi ganha pelo futebol e não eu".
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Javier Tebas garantiu que não se sente traído pelos três clubes espanhóis envolvidos no projeto, admitindo que "era algo de que já se falava há algum tempo", mas acrescentou: "quando se faz uma coisa às escondidas significa que está ocultando algo que não achamos bom para ninguém".
O dirigente foi apoiado por presidentes de Valencia, Sevilla, Betis, Levante e Villareal, que apoiaram a LaLiga e criticaram a elaboração do novo torneio. Tebas ainda abordou a mudança repentina no comportamento dos dirigentes do trio espanhol. "Houve diálogo até sexta-feira. Eles votaram pela reforma da Liga dos Campeões e, de repente, saíram com a publicação da nota de domingo. Alguns clubes não gostaram da nova Liga dos Campeões e foram explodir o sistema", disse.
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Por fim, o chefão revelou que vai aguardar a Uefa se manifestar em torno de sanções a Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid. "A participação nas competições europeias é voluntária. São os clubes que têm de decidir se querem continuar na 'Champions League' (Liga dos Campeões) aceitando as condições da Uefa. Não creio que (presidente Alexander) Ceferin falou em expulsá-los, mas sim a isto", finalizou.