Galvão Bueno
Galvão BuenoReprodução
Por O Dia
Rio - Galvão Bueno não poupou críticas à decisão de realizar a Copa América no Brasil. Durante a abertura do "Bem, Amigos!" desta segunda-feira, o narrador negou que esteja criticando a decisão apenas pelo fato de a Globo não poder transmitir o torneio, que será exibido pelo SBT, e definiu a atitude como um "confronto político".
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"Quem me conhece bem sabe que eu não tenho medo de dar a minha opinião, e acho que é um direito de todos concordar ou não comigo. A Globo e o SporTV, no ano passado, não tinham os direitos da Libertadores, e eu fui contra a volta precipitada da Liberadores, mas nós temos os direitos do Campeonato Brasileiro, só que eu também fui contra a volta do futebol no Brasil quando ele voltou. Aqui, lutamos com todas as nossas forças e possibilidades para que se atrasasse um pouco a volta do futebol brasileiro. Eu não vou ser falso e mentir aqui, eu estou feliz e emocionado em poder voltar a narrar um jogo da seleção brasileira. Mas eu confesso que gostaria de esperar mais um pouco, porque não precisava ser agora", iniciou Galvão.
"Eis que na calada da noite, a Conmebol, na impossibilidade de realizar a Copa América na Argentina, por causa da covid e de decisões do governo argentino, a Conmebol liga para a CBF e sugere que a competição seja no Brasil. O que a CBF faz? Ela fala sim e consulta o Governo Federal. O que o Governo Federal faz? Aceita prontamente, sem reflexão, sem discussão, sem pensar no quão delicado é aceitar essa missão", prosseguiu o narrador.
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"É muito mais do que isso. São jornalistas do mundo inteiro, são dirigentes, o pessoal que vai trabalhar nos estádios, é gente que pode contaminar ou ser contaminada, que pode trazer ou levar uma cepa nova. Sabe quando é isso? Daqui menos de duas semanas. Parou por aí? Não. Tem o staff da Conmebol, tem o staff da CBF, tem o staff do executivo federal e do nosso presidente. O que era para ser um evento esportivo começa e me parecer que virou um confronto político. Quem corre o risco? É sua saúde, a nossa saúde, é a saúde pública da América. Sinceramente, eu peço a Deus que alguém tenha uma crise de bom senso e que essa loucura não aconteça", completou.