Silas Katompa Mvumpa é o verdadeiro nome do atacante congolês do StuttgartDivulgação/Stuttgart
Atacante admite que usou identidade falsa e diz que sofreu chantagem de ex-empresário
Jovem de 22 anos recebeu apoio de seu clube
O atacante Silas Wamangituka, do Stuttgart (ALE), revelou nesta terça-feira (8) que tem usado uma identidade falsa para seguir a carreira de futebol e acusou seu ex-empresário de não apenas ser o responsável, como também de ameaças e chantagem. De acordo com o comunicado divulgado pelo clube, o jovem congolês na verdade se chama Silas Katompa Mvumpa e é um ano mais velho.
Nascido em outubro de 1998 - e não de 1999 como diz seu documento atual -, Silas alega que tudo começou em 2017, quando tinha 17 anos e fez um teste no Anderlecht (BEL). Ele precisaria retornar ao Congo para conseguir o visto de permanência e assinar com o clube. Entretanto, seu empresário na época, que não teve o nome revelado pelo comunicado, o convenceu a permanecer na Europa.
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Silas então foi morar com ele na França e passou a jogar pelo Paris FC. Nessa época, o jovem congolês não ficou em posse de seus documentos - adulterados para receber o nome do pai (Wamangituka) - e ainda recebia apenas parte de seu salário. Ele alega que ficou em silêncio porque o ex-empresário ameaçou sua família que ainda morava no Congo e sua carreira.
"Nos últimos anos vivi num medo permanente e também muito preocupado com a minha família no Congo. Foi um passo difícil tornar a minha história pública e nunca teria tido esta coragem se o Stuttgart não tivesse se tornado uma segunda casa para mim", disse o atacante no comunicado do clube alemão.
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A história mudou de rumo quando Silas transferiu-se para o Stuttgart, em 2019. A questão da possibilidade de documentos falsos veio à tona e o clube e a federação alemã então deram início a uma investigação. Inicialmente não foram encontradas irregularidades, mas o jogador então resolveu se afastar do empresário e contar o que aconteceu.
"De acordo com todo o conhecimento atual, o fornecimento de dados pessoais adulterados pelo seu agente não teria sido necessário para que Silas recebesse o status de residente na Europa. Também não é evidente que Silas tenha obtido qualquer benefício financeiro das ações de seu ex-agente", afirma o comunicado.
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