Número 24 da seleção brasileiraFoto: Bernardo Serrado
A ação ainda estipula uma multa no valor de 5% da premiação dada ao campeão caso a CBF descumpra o pedido.
- Considerando, conforme demonstrado nesta Ação, a capacidade financeira da primeira ré (CBF), que, somente por estar no torneio da Copa América receberá da CONMEBOL, US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 23 milhões) e US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 57 milhões) caso seja campeã, seja fixada uma multa de R$ 460.000,00 (quatrocentos e sessenta mil) pelo descumprimento, o equivalente a 5% do valor relativo à participação da mesma - diz outro trecho.
Na última semana, a CBF cumpriu decisão judicial solicitada por um grupo LGBTQIA+, e explicou o motivo de não ter um camisa 24, mesmo contando com 24 jogadores em numeração ordinal, do 1 ao 23, pulando o 24, e com o meia Douglas Luiz usando a 25. A entidade afirmou que a decisão foi por opção tática e de escolha pessoal do jogador.
- (A decisão foi tomada) em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25. (...) Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio campo, e mais alta para os atacantes - disse a entidade.
A ação foi apresentada pela ONG Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, que fez cinco questionamentos a serem respondidos (veja aqui). A coletivo LGBTQIA+ apontou o preconceito com o número 24 causado pela associação ao animal veado no jogo do bicho como um possível motivo.
- O fato da numeração da Seleção Brasileira pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica - diz o grupo na petição enviada no inicio do mês.
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